Lupi afirma que apuração de fraudes no INSS começou no Governo Lula e defende prisão dos envolvidos

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou que a apuração das fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve início durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lupi defendeu a prisão dos responsáveis pelos desvios, que podem chegar a R$ 6,3 bilhões, e afirmou que a investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU) está “doendo na própria carne”, já que pessoas próximas a ele podem estar envolvidas.

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Em audiência na Câmara dos Deputados, Lupi enfatizou que as fraudes na Previdência Social não são recentes e que seu papel é investigar e punir os culpados. Ele também informou que determinou a suspensão provisória dos descontos associativos e garantiu que as vítimas serão ressarcidas. Segundo o ministro, os bens das associações sob investigação já foram bloqueados para garantir o pagamento das restituições.

A Polícia Federal classificou as fraudes como a “farra do INSS” em seu relatório, que revelou um esquema de cobranças irregulares de aposentados e pensionistas ao longo de anos. As investigações apontam para a participação de diversas empresas e indivíduos, incluindo um operador conhecido como “careca do INSS”.

Lupi foi alertado sobre as irregularidades já em abril de 2023, mas a discussão sobre o tema teria sido adiada no Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). O ministro demitiu um diretor em maio de 2024 por “letargia e demora” na apuração do caso.

A oposição no Congresso Nacional tem cobrado explicações sobre o caso e defende a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. O governo, por sua vez, afirma que as investigações já estão em andamento e que os responsáveis serão punidos.

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