Em clima de mobilização, representantes de sete centrais sindicais se reuniram nos últimos dias para reforçar um apelo direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: que ele estivesse presente no tradicional ato de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em São Paulo. Apesar do esforço das lideranças, o presidente decidiu não comparecer presencialmente ao evento e fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta quarta-feira (30), às 20h30.
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O ato unificado, organizado por centrais como Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Pública Central do Servidor e CUT (esta última como convidada), terá como tema “Vida digna e trabalho com justiça”. A manifestação reunirá trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias, com pautas que incluem o fim da escala 6×1, a redução da jornada semanal e políticas públicas que garantam mais proteção social e valorização salarial.
A ausência de Lula marca uma mudança de postura em relação aos anos anteriores. Em 2024, a baixa adesão ao evento, com público estimado em menos de 2 mil pessoas, teria influenciado a decisão do presidente de se ausentar fisicamente neste ano. Ainda assim, fontes do Planalto confirmaram que Lula usará o espaço na TV e no rádio para anunciar medidas relevantes para a classe trabalhadora. Entre elas estão a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a implementação do crédito consignado privado.
“O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, declarou que a presença de Lula seria simbólica e estratégica neste momento de reconstrução do diálogo entre governo e trabalhadores. “Sabemos da importância de sua fala, mas o calor da rua também é fundamental. Lula sempre teve as portas abertas junto à classe trabalhadora. Esperamos que essa ponte continue firme.”

Além de discursos políticos, o ato de 1º de Maio contará com apresentações artísticas e culturais, reforçando o caráter plural e popular do evento. A expectativa dos organizadores é que a mobilização supere o público do ano anterior e sirva como termômetro das relações entre o governo federal e o movimento sindical em 2025.
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