O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou, no início desta semana , o acordo de cessar-fogo entre Índia e Paquistão, destacando a importância do diálogo para a estabilidade da região asiática. O cessar-fogo, proposto originalmente pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi renovado pelos dois países após anos de tensão na fronteira da Caxemira.
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Em pronunciamento oficial, Lula ressaltou que “a paz é sempre o melhor caminho” e que qualquer esforço internacional para reduzir conflitos deve ser reconhecido, independentemente de ideologias. Segundo o presidente, o Brasil está disposto a colaborar em missões diplomáticas e apoiar resoluções pacíficas nos organismos multilaterais.
O Presidente também afirmou que, embora tenha divergências ideológicas com Trump, reconhece que o ex-presidente norte-americano atuou em diversas ocasiões como mediador internacional.
“A história precisa ser contada com justiça. Se alguém contribui para a paz, merece ser reconhecido”, declarou, em entrevista no Palácio do Planalto.
A declaração de Lula surpreendeu parte do cenário político nacional, inclusive aliados da esquerda mais radical, que costumam ser críticos da política externa dos Estados Unidos durante o governo Trump. No entanto, o gesto também foi visto como um movimento estratégico de Lula para reafirmar o compromisso do Brasil com a diplomacia multilateral.
O cessar-fogo em questão foi inicialmente firmado em 2003, mas sofreu sucessivas violações até que, em 2021, as partes concordaram com uma nova trégua mediada por interlocutores internacionais.
A renovação recente do acordo pode abrir espaço para tratativas mais amplas e duradouras entre os dois países. Lula defende que o momento deve ser aproveitado para consolidar a paz na região.