O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta semana, que ainda não há prazo definido para a devolução dos valores devidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aposentados e pensionistas. A dívida refere-se a revisões de benefícios e pagamentos retroativos que estão sendo aguardados por milhares de segurados em todo o país.
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Em discurso durante evento oficial, Lula atribuiu a situação à herança deixada pelo governo anterior, comandado por Jair Bolsonaro. Segundo o presidente, a atual gestão tem enfrentado dificuldades orçamentárias causadas por “irresponsabilidades fiscais e má gestão dos recursos públicos”.
“O que estamos fazendo é tentando consertar o estrago que nos deixaram. O governo anterior comprometeu o orçamento e gerou um rombo que afeta diretamente áreas sensíveis, como o INSS.”
“Vamos devolver o dinheiro, sim, mas com responsabilidade”, afirmou Lula, sem especificar datas.
A fala gerou reações imediatas de parlamentares da oposição, que acusam o governo de tentar transferir a responsabilidade e de não apresentar soluções concretas para a população mais vulnerável. Já aliados do governo defendem que o presidente está sendo transparente ao explicar as limitações fiscais herdadas e que a prioridade é garantir estabilidade econômica.
Enquanto isso, segurados aguardam ansiosamente uma definição. Muitos dependem desses valores para arcar com despesas médicas e de sobrevivência, pressionando o governo por respostas mais objetivas.
A equipe econômica estuda alternativas para viabilizar o pagamento sem comprometer o teto de gastos, mas não há consenso sobre a melhor saída. A expectativa é que novas informações sejam divulgadas nas próximas semanas, à medida que as negociações avançam.