Após quase dois anos do início do conflito entre Israel e Palestina (7 de outubro de 2023), Israel bate pelo quarto ano consecutivo recorde na exportação de armas.
De acordo com o Ministério da Defesa, com a guerra contra o Hamas, e o sucesso no campo operacional, houve um impulsionamento na venda de armamento de Israel para outros países.
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“Os sucessos operacionais da guerra e o desempenho comprovado no campo de batalha dos sistemas israelenses impulsionaram uma forte demanda internacional por tecnologia de defesa israelense, concluindo 2024 com uma nota particularmente alta com acordos de exportação recordes“, disse o ministro da defesa, Israel Katz.
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“… as exportações de sistemas espaciais e satelitais tiveram um crescimento substancial, representando 8% dos acordos em 2024 em comparação com 2% em 2023“.
No ano passado, as exportações de armas de Israel alcançaram um recorde histórico de mais de 14,7 bilhões de dólares.
“Precisamente durante um ano difícil e complexo de guerra, Israel alcançou um recorde histórico em exportações de defesa“, destacou Katz no comunicado

Tropas israelenses próximas à fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. Foto: Menahem KAHANA / AFP
Quem fornece armas para Israel?
Embora haja outros países que contribuam com o fornecimento em pequenas porcentagens, os principais fornecedores de armas para Israel são os Estados Unidos e a Alemanha, onde, entre 2019 e 2023, cerca de 69% das importações de armas de Israel vieram dos EUA, incluindo caças F-35, bombas guiadas e apoio financeiro anual de US$ 3,3 bilhões, além de US$ 500 milhões destinados à defesa antimísseis, como o sistema Domo de Ferro. Já a Alemanha foi responsável por aproximadamente 30% das importações israelenses no mesmo período, fornecendo submarinos, navios de guerra, veículos blindados e munições.
Para quem Israel exporta armamentos?
Países europeus representam mais da metade (54%) dos receptadores destas armas, na maioria sistemas de defesa aérea, mísseis e projéteis. Em seguida aparece a região Ásia-Pacífico (23%), Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos (12%), América do Norte (9%), América Latina (1%) e África (1%).
Vale a pena enfatizar que desde que o conflito se iniciou, Israel é o país que mais recebe ajuda militar dos Estados Unidos, seja em armamentos ou em capital, o que certamente impulsiona este avanço armamentista do país.