Nesta segunda-feira (9), o Ministério das Relações Exteriores de Israel tornou públicas fotos de Greta Thunberg e do ativista brasileiro Thiago Ávila no porto de Ashdod, após a interceptação do barco Madleen. A embarcação fazia parte da Flotilla da Liberdade, com o objetivo de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A Marinha de Israel afirmou que a embarcação desrespeitava o bloqueio marítimo à região.
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“As fotos são uma evidência do envolvimento de ativistas internacionais que desafiam deliberadamente o bloqueio para apoiar Gaza,” declarou o porta-voz militar israelense ao apresentar as imagens oficiais.
O governo israelense publicou as imagens no Twitter/X, afirmando que os detidos estão sendo submetidos a exames médicos e que o processo de deportação será iniciado em breve.
A embarcação, com bandeira britânica, zarpou de Sicília em 1º de junho com 12 ativistas a bordo, incluindo Greta Thunberg, Thiago Ávila, a eurodeputada Rima Hassan e o espanhol Sergio Toribio. A Marinha israelense abordou o Madleen em águas internacionais, utilizando drones e sprays para interromper comunicações, antes de escoltar o navio até Ashdod.
Vídeos divulgados pelos ativistas mostram o grupo com as mãos erguidas enquanto são abordados. Israel afirma que foram oferecidos água e sanduíches durante o processo.
Reação do Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) divulgou nota afirmando que:
“Acompanha com atenção a situação e exige que o governo israelense liberte imediatamente os tripulantes,”
lembrando o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais. O órgão informou ainda que as embaixadas estão em alerta consular e que cobra também o fim das restrições à ajuda humanitária imposta a Gaza.
A ação intensifica as tensões já existentes nas relações Brasil-Israel, lançadas por críticas do presidente Lula, que qualificou a ofensiva em Gaza como “genocídio”.
A abordagem diplomática do Brasil reflete a preocupação global com a situação.