Governo pretende ressarcir vítimas do INSS até final do ano

Após a fraude – a qual desviou cerca de R$ 6,3 bilhões dos segurados do INSS, descoberta pela Polícia Federal e confirmada pelo STF, que ocorreu entre 2019 e 2024 – o governo abriu um canal de comunicação entre o INSS e os aposentados e pensionistas para consulta e solicitação de ressarcimento caso vítima do golpe.

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Milhões de aposentados e pensionistas já pediram reembolso destes descontos não autorizados.

Para a consulta, o usuário deve entrar no aplicativo do INSS e então clicar no sino na parte superior da página, onde será aberto uma das duas notificações abaixo:

Se você não foi vítima da fraude: “Fique tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu benefício! O governo federal descobriu a fraude dos descontos associativos não autorizados e seguirá trabalhando para proteger você e seu benefício!”; ou

Se você pode ter sido vítima da fraude: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135.”

Após a contestação de fraude, o próprio sistema faz o encaminhamento à Associação que fez o desconto indevido, tendo 15 dias para apresentar o documento que comprove a autorização do aposentado ou pensionista. Caso não a apresente, terá 15 dias para devolver a quantia desviada ilegalmente, a qual será inicialmente depositada para o INSS e em seguida repassada ao beneficiário.

Agora, o INSS traça uma estratégia para a devolução destas quantias. A ideia, debatida com a AGU e o novo chefe do INSS, Gilberto Waller Júnior, será analisada pela Casa Civil e, depois, mostrada a órgãos como o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União.

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Calcula-se que mais de 4 milhões de pessoas foram vítimas dos golpes. O governo federal está fazendo uma análise detalhada para saber exatamente quem foi lesado e evitar pagar quem não sofreu com as fraudes.

Com o risco da abertura de uma CPMI do INSS, o governo federal está se esforçando para que a devolução do dinheiro aconteça até o fim de 2025, dando prioridade aos casos mais antigos e aos de maior valor. A AGU e a CGU estão trabalhando juntas para garantir que os culpados pelas fraudes sejam punidos e que o dinheiro volte para as mãos de quem foi prejudicado.

Autor

  • Ricardo Lacava

    Ricardo Lacava é veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar do Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau (A Lenda do Mãe-da-lua)”. http://lattes.cnpq.br/3957903174743776

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