Governo vê derrota em barrar CPI do INSS e quer Tabata na relatoria

Os deputados da base de apoio ao governo Lula preveem derrota na tentativa de barrar a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS diante da pressão da oposição.

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Com isso, os governistas decidiram mudar de estratégia ao querer articular para emplacar aliados na comissão e indicar a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) como relatora, segundo apuração do Poder360. Atualmente, ela é filiada ao mesmo partido do vice-presidente Geraldo Alckmin e foi uma das signatárias do requerimento de criação da CPI.

“Não precisamos adiar a instalação da CPMI. Agora é pleitear o comando e a relatoria. Temos deputados e senadores suficientes para ficar com as duas [presidência e relatoria]”, disse o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, à GloboNews.

O requerimento para a criação da CPMI foi protocolado nesta segunda-feira (12) pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Apesar de capitaneado pela oposição, o texto contou também com o suporte de governistas, totalizando o apoio de 39 senadores e 230 deputados, que é um número superior ao mínimo requerido para a abertura da comissão, que é de 27 senadores e 171 deputados.

Agora, a criação depende da autorização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Para Randolfe, uma CPMI é um direito da oposição, mas a forma como os cargos da comissão são preenchidos deve respeitar o tamanho das bancadas. Assim, ele quer emplacar nomes que sejam favoráveis ao governo nos principais cargos na tentativa de reduzir danos para a administração de Lula.

Alcolumbre quer ter cautela antes de tomar qualquer decisão, já que tem se aproximado de Lula. Ele procura evitar embates que possam comprometer sua articulação com o governo, tanto que viajou com Lula para a Rússia e a China, de 6 a 14 de maio. A ausência inviabilizou a leitura necessária para formalizar a criação da CPI mista.

Damares afirmou que, se Alcolumbre não instalar a CPMI, congressistas irão recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).

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