Durante uma cerimônia oficial na última quarta-feira (21), um incidente envolvendo o lançamento de um destróier de guerra da Coreia do Norte gerou forte reação do líder do país, Kim Jong-un. Segundo a agência estatal KCNA, o navio de mais de 5.000 toneladas sofreu um colapso estrutural ao ter sua rampa traseira desprendida, o que resultou no encalhe parcial da embarcação e danos significativos à sua parte inferior. O destróier não conseguiu deixar o estaleiro como previsto. Não há informações sobre feridos.
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Presente no evento, o líder norte coreano demonstrou profunda insatisfação com o ocorrido. Ele classificou o acidente como “ato criminoso”, atribuindo-o a uma combinação de “negligência absoluta, irresponsabilidade e empirismo anticientífico”. Para o líder norte-coreano, a falha comprometeu a imagem e o prestígio do país.
Como resposta imediata, Kim ordenou a responsabilização de diversos setores envolvidos, incluindo o Departamento da Indústria Bélica, centros de pesquisa e os responsáveis pelo estaleiro. A investigação sobre o caso deverá ser discutida na próxima reunião plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, marcada para junho.
Além das medidas punitivas, Kim Jong-un exigiu que o navio seja completamente restaurado antes do encontro partidário. Para ele, o conserto representa mais do que um desafio técnico — trata-se de uma questão política que impacta diretamente a “autoridade do Estado”. O líder ainda reforçou que o processo de reparo deve refletir “a ardente lealdade patriótica” dos trabalhadores envolvidos.