o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a postura dos Estados Unidos ao relatar que “ninguém” tem aceitado conversar com o vice‑presidente Geraldo Alckmin sobre o pacote de tarifas de 50% programado para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo Lula, Alckmin já realizou dez reuniões com autoridades norte‑americanas e enviou uma carta oficial em 16 de julho, mas não recebeu qualquer resposta formal, apenas um comunicado postado nas redes sociais pelo próprio Donald Trump.
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Presidente critica falta de retorno americano e destaca disposição do Brasil em negociar tarifas de 50% a exportações nacionais.
“Trump, quando quiser debater, o Brasil estará pronto e preparado. Quero mostrar o quanto você foi mal informado”, afirmou o presidente, ressaltando a disposição brasileira em esclarecer equívocos e defender seus interesses sem recorrer a retaliações precipitadas.
Apesar dessas dificuldades, Alckmin manteve diálogo direto com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em videoconferência no último dia 19 de julho. O vice‑presidente descreveu a conversa de aproximadamente uma hora como “produtiva e construtiva”, mas reconheceu que, fora desse canal, “há relutância em avançar nas tratativas” .
O impasse ocorre num momento de escalada comercial: o “tarifaço” americano atinge principalmente produtos brasileiros ligados ao agronegócio e à indústria, em retaliação a processos contra o ex‑presidente Jair Bolsonaro. O governo federal avalia medidas de resposta diplomática e comercial, enquanto mantém apelos por diálogo direto para evitar danos bilionários ao comércio exterior.