Carluxo, indiciado pela Polícia Federal, contesta prisão de ex-assessor de seu pai

Ré no Supremo Tribunal Federal por participar da tentativa de Golpe de Estado, o coronel do exército Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro, teve sua prisão decretada por Alexandre de Morais por descumprir medidas cautelares que haviam sido impostas a ele.

Câmara havia sido preso em janeiro de 2024, mas posto em liberdade provisória em maio, com a condição de seguir algumas medidas restritivas, dentre elas a proibição do uso de redes sociais, mesmo que por terceiros.

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Tentando coletar informações sobre a delação premiada realizada pelo tenente-coronel Mauro Cid, o advogado de Câmara entrou em contato com o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, que no entendimento do Ministro do Supremo Alexandre de Moraes configurou-se em quebra da medida restritiva.

a tentativa, por meio de seu advogado, de obter informações então sigilosas do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid indica o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu Marcelo Costa Câmara, em tentativa de embaraço às investigações”, disse Moraes.

Marcelo Câmara foi preso preventivamente nesta última quarta-feira (18/6), em Sobradinho (DF).

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Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Foto: Redes Sociais.

Carlos Bolsonaro sai em defesa de Câmara

Seguindo o mesmo discurso sobre a prisão de Braga Neto, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu em defesa do ex-assessor de seu pai:

Se o nome de alguém aparece na narrativa do delator, isso basta para justificar medidas extremas. Provas concretas? Não são exigidas com o mesmo rigor”, afirmou o político.

Nesta semana, Carlos Bolsonaro, juntamente com o deputado federal Alexandre Ramagem e mais de trinta pessoas, foram indiciados pela Polícia Federal – cujo relatório, que corre em sigilo, já se encontra sob posse do STF – no caso da “Abin Paralela”.

O inquérito averigua o uso da Abin para espionagem ilegal e uso em benefício próprio, visto que ela era usada para espionar políticos e autoridades, assim como opositores ao governo.

Dentre os espionados estavam o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, senadores Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, o ex-governador paulista João Doria e muitos outros de uma vasta lista.

Encurralado e vendo o cerco fechar, Carluxo saiu ao ataque:

O que se observa é uma tentativa de sustentar, a qualquer custo, uma colaboração premiada marcada por falhas graves, que se tornou o principal pilar de uma narrativa construída após anos de investigação sem a comprovação de crime algum

De acordo com o provérbio em latim “Vincit omnia veritas“, “A verdade vence todas as coisas”, e sempre prevalecerá sobre a ilusão e a falsidade.

Que venha a verdade!

Autor

  • Ricardo Lacava

    Veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar, Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau”.

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