Carla Zambelli deixa o país e PGR solicita prisão preventiva ao STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (3) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após a parlamentar anunciar que havia deixado o Brasil e solicitado licença de seu mandato. A solicitação ocorre após a condenação de Zambelli pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por suposta invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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O pedido foi motivado por uma representação feita pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara. Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar afirmou que a saída da deputada representa “risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas brasileiras”. Lindbergh disse que a conduta de Zambelli se compara à de outros envolvidos em ações contra instituições democráticas. Ele também alegou que a parlamentar deixou o território nacional sem comunicação prévia ao STF.

Farias solicitou, na representação, uma série de medidas adicionais à PGR, incluindo a inclusão do nome da deputada na difusão vermelha da Interpol, a abertura de processo de extradição, o bloqueio de valores movimentados por meio de Pix e a revogação de seu passaporte diplomático. A PGR confirmou a adoção dessas medidas e destacou que a condenada estaria tentando se esquivar da execução da pena.

A parlamentar, em vídeo postado nas redes sociais, afirmou que o pedido de prisão é inconstitucional, e argumentou que parlamentares só podem ser detidos em flagrante e por crimes inafiançáveis. Zambelli criticou a atuação da PGR e do STF, classificando-a como contrária à Constituição. Declarou, ainda, que pretende denunciar internacionalmente o que considera abusos do Judiciário brasileiro.

A decisão sobre o pedido caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF. Até o momento, não há previsão para a análise do caso. Segundo a PGR, a conduta da deputada representa uma ameaça à ordem constitucional e exige resposta imediata do Estado. Zambelli afirmou que buscará apoio de cortes internacionais, especialmente em países como Portugal, Espanha, Itália e França.

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