A Câmara dos Deputados se prepara para votar, em 1º de outubro, o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
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A medida é considerada uma das principais bandeiras do governo e promete impactar diretamente milhões de trabalhadores brasileiros.
O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com líderes partidários. Segundo ele, a expectativa é que a proposta seja apreciada em regime de prioridade e, se aprovada, já traga efeitos práticos para a próxima declaração anual de imposto.
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Atualmente, apenas quem recebe até R$ 3.036 por mês o equivalente a dois salários mínimos está isento do tributo.
A defasagem da tabela é alvo de críticas há anos, já que a inflação corrói o poder de compra da população enquanto a correção dos valores avança em ritmo lento. O projeto também prevê uma redução gradual das alíquotas para contribuintes que recebem até R$ 7.350.
A ideia é aliviar não apenas a base mais baixa, mas também a chamada classe média, que se vê cada vez mais pressionada pela carga tributária.
Por outro lado, o governo discute medidas de compensação para não comprometer a arrecadação. Entre elas, estão ajustes na tributação de rendas mais altas e ações adicionais voltadas ao equilíbrio fiscal.
Esse ponto deve ser alvo de debate intenso no plenário, já que parte da oposição questiona o impacto da mudança nas contas públicas. Se aprovada, a proposta representará uma das maiores alterações recentes na política de renda no Brasil.
Além de trazer alívio imediato ao bolso do trabalhador, poderá abrir espaço para novas discussões sobre justiça tributária e distribuição de riqueza no país.
