Brasil e França firmam parceria para criação de Corredor Marítimo Verde

Durante missão oficial na França, na última quinta-feira (5), o Brasil assinou um importante acordo com o governo francês voltado ao enfrentamento das mudanças climáticas e à modernização do transporte marítimo.

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O compromisso foi firmado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e pelo representante do Ministério dos Transportes da França, Philippe Tabarot, estabelecendo a criação de um “Corredor Marítimo Verde” entre os dois países, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover práticas sustentáveis na navegação internacional.

Como uma resposta à crescente demanda por soluções de baixo carbono no setor marítimo surge o Corredor Marítimo Verde. A iniciativa prevê o uso de combustíveis alternativos e tecnologias de emissão quase zero, dentro de rotas estratégicas que conectam portos brasileiros e franceses. A medida reforça os compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência do Clima da ONU (COP29), ao alinhar ações do setor portuário com os objetivos do Acordo de Paris.

“[…] O Ministério de Portos e Aeroportos também está comprometido com o desenvolvimento sustentável nos projetos do setor no País, implantando esforços coordenados com diversos atores econômicos para garantir uma navegação limpa”, afirmou Silvio Costa Filho, que integra a comitiva brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita à França.

A relevância do acordo é potencializada pela importância do transporte marítimo para o comércio global — o setor representa cerca de 90% das trocas comerciais internacionais. Segundo projeções, caso não haja mudanças significativas, as emissões do setor em 2050 poderão ultrapassar em até 130% os níveis registrados em 2008.

Nesse contexto, a criação de corredores verdes se apresenta como uma estratégia central para evitar esse cenário. A implementação e coordenação do projeto caberão aos ministérios dos dois países, que atuarão por meio de intercâmbio técnico, projetos conjuntos, treinamento especializado e compartilhamento de boas práticas. Espera-se que o Corredor Marítimo Verde se torne um modelo internacional de sustentabilidade e colaboração em prol de uma economia marítima de baixo carbono.

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