O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta terça-feira (29), em Brasília, de uma motociata organizada durante o evento Capital Moto Week. Apesar de usar tornozeleira eletrônica, ele elevou o tom simbólico ao acompanhar os apoiadores em um trio elétrico, na rota que saiu da Granja do Torto até a rodoviária, passando por regiões próximas ao Poder Judiciário federal.
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Seu comportamento, no entanto, foi marcado pelo silêncio: não fez discurso nem concedeu entrevistas. As únicas intervenções públicas foram acenos, cantar o Hino Nacional e se manter no veículo de som acompanhando o percurso. Antes da motociata, aliados orientaram que os participantes evitassem carregar cartazes que pudessem criticar terceiros, com o objetivo de não prejudicar a imagem de Bolsonaro.
A ausência de fala condiz com as restrições judiciais impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF: a exibição da tornozeleira, proibição de uso de redes sociais, inclusive por terceiros, e recolhimento domiciliar noturno eram explícitas. Embora uma decisão posterior tenha flexibilizado entrevistas, Bolsonaro optou por manter o silêncio em público, temendo que qualquer declaração possa ser interpretada como descumprimento das cautelares.
O ato contou com a presença de aliados políticos e familiares, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a vice-governadora do DF Celina Leão (PP), e deputados como Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ), além de lideranças do PL local.
A motociata passou por região próxima ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi reforçada a segurança do prédio, dada a rotatividade intensa de motociclistas e a sensibilidade do local. O percurso também teve bloqueios na Esplanada dos Ministérios e pontos específicos com barreiras da Polícia Militar do DF.
