Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemoraram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de incitar atos antidemocráticos após o segundo turno das eleições de 2022. A investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, com base em declarações e publicações do parlamentar que sugerem apoio a ações golpistas.
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Parlamentares da base governista avaliam que a medida representa um passo importante na responsabilização de figuras políticas que alimentaram a narrativa de fraude eleitoral, contribuindo para a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. “Ninguém está acima da lei. É preciso dar um basta nas ameaças à democracia”, disse a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT.
Eduardo Bolsonaro reagiu à decisão nas redes sociais, classificando o inquérito como “perseguição política” e voltou a questionar a lisura do sistema eleitoral. A defesa do deputado afirma que ele exerceu seu direito à liberdade de expressão e que não há elementos concretos que sustentem as acusações.
A Procuradoria-Geral da República defendeu a continuidade das investigações, citando a necessidade de apuração detalhada dos vínculos entre discursos inflamados e os atos extremistas registrados em Brasília. O inquérito pode resultar em denúncia formal, caso sejam comprovadas as acusações de incitação ao crime e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A base de Lula considera o processo mais um capítulo do enfrentamento às forças antidemocráticas que ganharam força nos últimos anos. “A democracia venceu nas urnas, e agora precisa vencer nas instituições”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso.
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