Nesta sexta-feira (30), após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino foi sentenciado a 98 anos de prisão em regime fechado. Em 2019, o criminoso assassinou o ator Rafael Miguel, o Paçoca de Chiquititas, e seus pais.
Antes da condenação, o caso passou por uma série de reviravoltas, como fuga para outros estados e países, inclusão do nome na lista da Interpol e até júri anulado. O Ministério Público concluiu que Cupertino cometeu o crime por ciúmes, pois não aceitava o relacionamento do ator com a sua filha. Assim, o réu foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante recurso que impediu a defesa das vítimas.
O julgamento ocorreu no fórum criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, e reuniu sete jurados que votaram a favor da condenação. Paulo acompanhou o debate dos advogados, mas não permaneceu para ouvir a sentença.
Ao final da decisão, os familiares de Rafael comemoraram e aplaudiram. Ainda, os outros dois réus, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes, acusados de terem ajudado na fuga do criminoso, foram absolvidos.
O crime
Os assassinatos aconteceram no dia 9 de junho de 2019, quando Rafael Miguel e seus pais, João e Miriam, foram deixar Isabela, namorada do ator e filha de Paulo, na casa em que ela morava com a mãe. As câmeras de segurança do local conseguiram gravar o momento em que um homem atira nos três.
Ainda sem ser identificado pelas imagens, o assassino deu sete tiros no ator. João foi atingido por quatro disparos e Miriam acabou baleada duas vezes. Todos os três morreram na rua, próximo ao carro da família.
Logo após o crime, Paulo Cupertino fugiu. Três anos depois, ele foi encontrado em um hotel da capital paulista e foi preso no dia 16 de maio de 2022, com um físico mais magro e cabelo e cavanhaques tingidos.