Ajuste de Mercado: Selic em Alta, Bolsa em Queda e Inflação.

Nesta sexta‑feira, 2 de maio de 2025, o mercado acionário brasileiro abriu em movimento de ajuste, com o Ibovespa recuando 0,27% e o dólar comercial pressionado por fluxo de estrangeiros, mesmo diante de uma leve queda. No front macro, o Comitê de Política Monetária elevou a Selic a 14,25% ao ano, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março desacelerou para 0,56%, mas a prévia de abril (IPCA‑15) ficou em 0,43%. No mercado de trabalho, o Brasil gerou 654 mil novas vagas formais no primeiro trimestre e atingiu recorde de 47,857 milhões de trabalhadores com carteira assinada, enquanto a taxa de desocupação no trimestre de janeiro a março subiu para 7,0%

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Mercados financeiros e Política Monetária

  • O Ibovespa encerrou aos 134.700 pontos, recuando 0,27% na sessão desta sexta‑feira, refletindo realização de lucros após recentes máximas históricas.
  • O dólar comercial fechou em R$ 5,6320 para venda, com uma baixa de 0,79% frente ao real, em sessão marcada por menor aversão ao risco. A taxa PTAX registrou R$ 5,6418, recuando 0,34% no dia, conforme dados compilados pelo Banco Central.
  • O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual na última reunião, fixando‑a em 14,25% ao ano, seu maior nível desde 2016 Agência Brasil. Para 2025, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu meta de inflação de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo Banco Central do Brasil.
  • Já no horizonte trimestral, o IPCA‑E índice especial de inflação acumula alta de 1,99% em janeiro‑fevereiro‑março de 2025 IBGE.

Mercado de Trabalho

Segundo o Novo Caged, o Brasil gerou 654 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre de 2025, resultado de 7,13 milhões de admissões e 6,48 milhões de desligamentos Serviços e Informações do Brasil.

Em março, o saldo foi de 71,5 mil novas vagas formais, o que levou o estoque de trabalhadores formalizados a um recorde de 47,857 milhões de pessoas.

Desemprego

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE informou que a taxa de desocupação no trimestre encerrado em fevereiro subiu para 6,8%, ante 6,1% no trimestre anterior, reflexo de maior participação na força de trabalho.
No trimestre móvel encerrado em março, a taxa de desocupação chegou a 7,0%, menor patamar para o período desde o início da série histórica em 2012 Agência de Notícias – IBGE.

A perspectiva é o desfecho da próxima reunião do Copom em maio, os resultados do IPCA‑15 de maio e o desenrolar das políticas fiscais serão determinantes para a manutenção do aperto monetário e para as projeções de inflação. No mercado de trabalho, a evolução da renda e do consumo dependerá da continuidade da criação de vagas formais e da dinâmica do desemprego.

 

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