Negociador japonês vai aos EUA na próxima semana para tentar evitar tarifa de 25%

O governo do Japão intensificará os esforços diplomáticos para evitar a aplicação de uma tarifa de 25% sobre suas exportações para os Estados Unidos. O principal negociador japonês sobre tarifas comerciais, Ryosei Akazawa, anunciou neste sábado (19) que viajará a Washington na próxima semana para uma nova rodada de negociações em nível ministerial.

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Tóquio espera concluir um acordo com os Estados Unidos antes do prazo final de 1º de agosto, data estabelecida pela administração do presidente Donald Trump para a entrada em vigor das tarifas. As medidas afetam diretamente produtos japoneses e têm sido alvo de preocupação por parte das autoridades e da indústria do país asiático.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na região oeste de Osaka, Akazawa afirmou que seguirá buscando um entendimento que preserve os interesses do Japão e contribua para uma relação equilibrada com os Estados Unidos.

“Pretendo continuar buscando ativamente um acordo que seja benéfico tanto para o Japão quanto para os Estados Unidos, salvaguardando nosso interesse nacional”, disse o negociador.

Negociador-chefe de tarifas do Japão, Ryosei Akazawa - Foto: Reprodução/Reuters
Negociador-chefe de tarifas do Japão, Ryosei Akazawa – Foto: Reprodução/Reuters

A declaração foi dada durante um evento em que o Japão recebeu uma delegação norte-americana liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent. Ambos participaram da celebração do Dia Nacional dos EUA na World Expo 2025, realizada em Osaka. Apesar do encontro, Akazawa informou que não houve discussão sobre tarifas durante a ocasião.

As tarifas ameaçadas pelo governo norte-americano foram anunciadas como parte de uma política mais protecionista adotada nos últimos meses. A decisão de Washington reacendeu preocupações entre parceiros comerciais tradicionais e pode afetar cadeias produtivas em setores estratégicos para o Japão.

As próximas semanas serão decisivas para definir o rumo das relações comerciais entre as duas economias. Caso não haja acordo até o dia 1º de agosto, as tarifas entrarão em vigor e devem impactar diretamente as exportações japonesas, elevando custos e pressionando o comércio bilateral.

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