O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou nesta segunda-feira (22) que está disposto a “fazer o que é necessário” para apoiar a Argentina. O presidente da Argentina, Javier Milei, se encontrará nesta terça-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Scott Bessent em Manhattan.
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O governo de Javier Milei, aliado de Donald Trump, está sob pressão política e econômica há pouco mais de um mês das eleições legislativas, que acontecerão no dia 26 de outubro de 2025.
Apoio estadunidense
Na segunda-feira (22), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos publicou a seguinte mensagem no X:
“A Argentina é uma aliada sistematicamente importante na América Latina para os EUA, e o Departamento de Tesouro está pronto para fazer o que é necessário dentro de seu mandato para apoiar a Argentina. Todas as opções de estabilização estão sobre a mesa”.
Scott Bressent disse que as medidas incluem:
- linhas de swap (acordos de troca de moedas entre bancos centrais);
- compras diretas de moeda estrangeira; e
- aquisições da dívida pública argentina em dólares.
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As medidas tem como objetivo evitar que o peso argentino perca tanto valor em relação ao dólar e utilizar o poder dos Estados Unidos de intervir em mercados internacionais – nesse caso, para ajudar um país aliado.
Javier Milei se pronunciou na segunda-feira através do X para agradecer Donald Trump e Scott Bessent pelo “apoio incondicional ao povo argentino, que há dois anos decidiu dar a volta por cima de um ciclo de decadência”.
Crise econômica e política
O governo de Javier Milei enfrenta dificuldades internas e externas. Em principal, o país atravessa um momento financeiro desgastante, no qual o peso argentino acelerou sua queda em relação ao dólar e o Banco Central argentino vendeu até US$ 1,11 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões) para tentar frear a alta da moeda americana.
Além disso, o partido de Milei perdeu as eleições legislativas na província de Buenos Aires no dia 7 de setembro. Seu partido ficou em segundo lugar, com uma diferença percentual do vencedor (seu partido de oposição) de quase 14 pontos percentuais.
A votação em Buenos Aires precedeu a eleição dos legisladores nacionais no dia 26 de outubro de 2025, na qual deputados e senadores nacionais serão eleitos.
