O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de um atentado nesta terça-feira (7) durante uma visita oficial à província de Cañar. O ataque ocorreu em meio a protestos contra o aumento do preço do diesel, medida adotada pelo governo que tem gerado forte reação em regiões agrícolas. Noboa saiu ileso, segundo autoridades locais.
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Manifestantes cercaram o comboio presidencial e lançaram objetos contra os veículos. Marcas de bala foram encontradas no carro em que Noboa viajava, indicando que tiros foram disparados. A polícia prendeu cinco suspeitos, que serão investigados por tentativa de homicídio e terrorismo.
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Apesar do atentado, o presidente manteve sua agenda e participou de um evento público em Cuenca, onde afirmou que “atos criminosos não serão tolerados” e que “a lei se aplica a todos”. Noboa tem adotado uma postura firme contra o crime organizado e a violência no país.
Desde setembro, o Equador enfrenta uma onda de manifestações lideradas por grupos indígenas, em protesto contra a retirada de subsídios ao diesel. Os protestos já deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 100 prisões. O governo decretou estado de exceção em dez províncias.
Daniel Noboa, de 37 anos, está em seu segundo mandato e enfrenta desafios crescentes em meio à instabilidade política e à escalada da violência. O atentado desta semana reforça o clima de tensão e coloca em evidência os riscos enfrentados por líderes latino-americanos em contextos de crise social.









