Nascida em cinco de agosto de 1933, em Alagoa Grande, estado da Paraíba, pobre, caçula de nove irmãos, trabalhadora rural, primeira líder sindicalista mulher de seu Estado, moveu mais de cem ações judiciais contra fazendeiros e usineiros em prol das trabalhadoras rurais durante a ditadura militar. Seus principais algozes, os latifundiários de terra. Lutou com coragem e afinco, sendo assassinada em 1983, aos cinquenta anos, com um tiro de espingarda, na porta de sua casa, por um assassino de aluguel contratado pelos latifundiários.
Na época, nem imaginava que seu nome seria dado para a maior ação conjunta de mulheres trabalhadoras da América Latina. A primeira “Marcha das Margaridas” aconteceu no ano de 2000, reunindo mais de vinte mil agricultoras, quilombolas, indígenas, pescadoras e extrativistas de todo o Brasil, e a partir de então, ocorre a cada quatro anos, onde as mulheres vestem camisetas lilás e chapéus de palha decorados com margaridas. A sétima Marcha das Margaridas, em 2023, na capital federal, reuniu mais de cem mil mulheres, e o tema foi: “”Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.
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