Nesta sexta-feira (30) Taylor Swift surpreendeu os fãs ao anunciar a compra dos direitos de todos os seus álbuns. A cantora postou fotos em suas redes sociais rodeada por seus álbuns, e postou uma carta retratando toda sua emoção por ter conseguido seus direitos de volta.
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Em 2019, o empresário, Scooter Braun, adquiriu a gravadora Big Machine Records, que possuía os direitos de todas as gravações originais de Swift. No ano seguinte, Braun vendeu todo o catálogo para Shamrock Holdings por US$ 300 milhões. Essa foi outra negociação que Swift diz não ter conseguido fazer uma oferta para compra. Desde então, Swift vinha regravando todos seus álbuns sob o selo Taylor´s Version, sendo eles: Fearless, Red, Speak Now e 1989, todas com faixas inéditas denominadas como “From The Vault“.
Na carta publicada em seu site, a cantora abre seu coração dizendo “Toda a música que eu já fiz… agora pertence a mim”, fazendo referencia a canção “You Belong With Me“.
Swift ainda comenta sobre a regravação de Reputation, álbum pelo qual os fãs tem esperado por anos, e foi sincera em dizer não ter terminado a regravação:
“Eu sei, eu sei. E Rep TV? Transparência total: eu nem regravei um quarto dele ainda. O álbum Reputation era tão específico para aquele momento da minha vida, e eu continuei esbarrando em um bloqueio sempre que tentava recriá-lo“, admite Swift.
Ela ainda revela que a regravação de Taylor Swift, seu primeiro álbum, já está pronta:
“Já regravei completamente meu primeiro álbum, e realmente gosto de como ele soa agora“.
Ela completa dizendo que as faixas inéditas destes dois álbuns terão seu momento, e que eles podem ressurgir, se for do interesse de seu público.
Swift agradece o apoio “apaixonado” dos fãs, descrevendo-se como “eufórica e emocionada“, e diz que o sucesso da The Eras Tour, sua última turnê, foi o motivo pelo qual ela conseguiu comprar sua música de volta.
Confira a carta completa:
Oi.
Estou tentando organizar meus pensamentos de forma coerente, mas, agora, minha mente está apenas passando um slideshow. Uma sequência de flashbacks de todas as vezes em que sonhei acordada, desejei, implorei por uma chance de contar essa notícia para vocês. Todas as vezes em que estive tãããããããããããão perto, quase conseguindo, só para tudo desmoronar. Quase desisti de acreditar que isso poderia acontecer, depois de 20 anos tendo a cenoura balançada na minha frente e então puxada de volta. Mas isso ficou no passado agora. Desde que descobri que isso realmente vai acontecer, tenho chorado de alegria em momentos aleatórios. Finalmente posso dizer estas palavras:
Toda a música que eu já fiz… agora pertence a mim.
E todos os meus videoclipes.
Todos os filmes de show.
As capas de álbuns e fotografias.
As músicas inéditas.
As memórias. A mágica. A loucura.
Cada uma das eras.
Toda a obra da minha vida.
Dizer que esse é o maior sonho da minha vida realizado é até pouco. Aos meus fãs, vocês sabem o quanto isso foi importante para mim — tanto que regravei meticulosamente 4 dos meus álbuns, chamando-os de Taylor’s Version. O apoio apaixonado que vocês deram a esses álbuns e o sucesso que transformaram a The Eras Tour é o motivo de eu ter conseguido comprar minha música de volta. Não consigo agradecer o suficiente por me ajudarem a me reunir com essa arte à qual dediquei minha vida, mas que nunca tive posse até agora.
Tudo o que eu sempre quis foi a oportunidade de trabalhar duro o bastante para um dia poder comprar minha música de volta, completamente, sem cláusulas, sem parcerias, com total autonomia. Serei eternamente grata a todos da Shamrock Capital por serem os primeiros a me oferecer isso. A forma como eles conduziram todas as interações foi honesta, justa e respeitosa. Foi uma negociação comercial, mas senti que eles enxergaram o que isso significava para mim: minhas memórias, meu suor, minha caligrafia e décadas de sonhos. Sou infinitamente grata. Minha primeira tatuagem talvez seja um enorme trevo no meio da testa.
Eu sei, eu sei. E Rep TV? Transparência total: eu nem regravei um quarto dele ainda. O álbum Reputation era tão específico para aquele momento da minha vida, e eu continuei esbarrando em um bloqueio sempre que tentava recriá-lo. Toda aquela rebeldia, aquele desejo de ser compreendida mesmo se sentindo propositalmente incompreendida, aquela esperança desesperada, aquele deboche nascido da vergonha e da travessura. Para ser totalmente honesta, é o único álbum dos seis primeiros que senti que não poderia melhorar ao regravá-lo. Nem a música, nem as fotos, nem os vídeos. Então, fui adiando. Vai chegar o momento (caso vocês ainda queiram) para as faixas inéditas daquele álbum saírem do baú. Já regravei completamente meu primeiro álbum, e realmente gosto de como ele soa agora. Esses dois álbuns ainda podem ter seus momentos para ressurgir, no tempo certo, se for algo que vocês gostariam. Mas, se acontecer, não será a partir de um lugar de tristeza ou saudade pelo que eu gostaria de ter feito. Será apenas uma celebração agora.
Fico extremamente animada com as conversas que essa saga reacendeu na minha indústria entre artistas e fãs. Toda vez que um novo artista me conta que negociou a posse de suas gravações originais por causa dessa luta, lembro o quanto tudo isso foi importante. Obrigada por se importarem com algo que antes era considerado técnico demais para discussão pública. Vocês nunca saberão o quanto significa para mim que vocês se importaram. Cada pedacinho disso importou — e nos trouxe até aqui.
Obrigada a vocês e à sua boa vontade, colaboração e incentivo.
As melhores coisas que já foram minhas… agora realmente são.
Eufórica e emocionada,
Taylor