Met Gala 2025 celebra a elegância negra com tema “Superfine: Tailoring Black Style”

Na noite desta segunda-feira (5), o tapete vermelho mais aguardado do mundo da moda está novamente estendido nas escadarias do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. O Met Gala 2025 trouxe como tema central “Superfine: Tailoring Black Style”, uma homenagem à influência da moda negra, especialmente a alfaiataria, na construção da identidade, resistência e expressão artística de gerações afrodescendentes.

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A exposição, que será aberta ao público em 10 de maio, foi inspirada no livro de Miller, Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity, examinando o dândi negro como uma figura que subverte normas sociais por meio do estilo. Dividida em 12 seções temáticas — como “Propriedade”, “Disfarce”, “Respeitabilidade” e “Beleza” —, a mostra apresenta desde trajes históricos, como librés usadas por pessoas escravizadas, até criações contemporâneas de designers como Virgil Abloh, Grace Wales Bonner e Pharrell Williams. 

Um marco para a moda masculina e a representatividade negra

“Superfine” é a primeira exposição do Costume Institute desde 2003 a focar exclusivamente na moda masculina e a primeira a abordar diretamente questões de raça, gênero e classe. A mostra destaca como o dândi negro — de figuras históricas como Frederick Douglass a ícones modernos como André 3000 — utiliza a moda como meio de afirmação e resistência.  

Celebridades celebram herança e estilo

O dress code “Tailored for You” incentivou interpretações criativas sobre o que significa elegância sob medida — com muitos convidados explorando visuais que uniram sofisticação clássica a referências afro-futuristas, streetwear de luxo e elementos históricos.

O evento é co-presidido por figuras notáveis como A$AP Rocky, Colman Domingo, Lewis Hamilton, Pharrell Williams e a editora da Vogue, Anna Wintour, com LeBron James atuando como presidente honorário .

Entre os convidados confirmados estão celebridades como Mary J. Blige, Shakira, Lizzo e Stevie Wonder. Alguns habitués, como Blake Lively e Gisele Bündchen, não estarão presentes este ano .

Segurança, transmissão e impacto cultural

A cobertura ao vivo do tapete vermelho e dos bastidores começa às 19h (horário de Brasília) e será transmitida pelos canais digitais da Vogue, incluindo YouTube e TikTok. A apresentação ficará a cargo de Teyana Taylor, La La Anthony e Ego Nwodim, com Emma Chamberlain retornando como correspondente especial da Vogue.

Por conta do grande número de celebridades presentes, as autoridades de Nova York reforçaram a segurança na região do museu, incluindo o uso de drones, reconhecimento facial e agentes posicionados nos telhados da Quinta Avenida.

Além de ser um espetáculo visual, o Met Gala deste ano trouxe uma discussão relevante sobre moda como política e pertencimento. A curadora Monica L. Miller declarou que o objetivo da noite era “fazer com que o mundo reconheça que a elegância negra não é apenas tendência — é um legado que molda culturas e gerações”.

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