A estreia de Kristen Stewart como diretora foi marcada por aplausos de pé no Festival de Cannes. O longa “The Chronology of Water”, adaptação do livro autobiográfico de Lidia Yuknavitch, emocionou o público na Croisette e consolidou o nome da atriz em uma nova fase da carreira.
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Conhecida mundialmente por sua atuação em “Crepúsculo” e por papéis em filmes autorais, Stewart arriscou uma direção ousada e poética, explorando temas como sexualidade, trauma e libertação feminina. O filme foi exibido na mostra Un Certain Regard, voltada a obras inovadoras.
Com uma estética visual experimental e uma narrativa não linear, “The Chronology of Water” foge do convencional. A protagonista é vivida por Imogen Poots, que entrega uma performance intensa e vulnerável. Críticos elogiaram o olhar sensível de Stewart para uma história tão pessoal e visceral.
Após a exibição, o filme foi aplaudido por mais de sete minutos.
“Foi uma experiência surreal. Eu só queria fazer justiça à história da Lidia”, disse Kristen em coletiva de imprensa visivelmente emocionada. A escritora também compareceu à estreia e se disse “profundamente tocada”.
A direção de Stewart foi elogiada por cineastas presentes no festival, como Sofia Coppola e Jane Campion, que destacaram a coragem e a linguagem autoral da estreia. O longa ainda não tem data de estreia no Brasil, mas já desperta interesse de distribuidoras independentes.
Além de abrir portas para Stewart no universo da direção, o filme amplia a discussão sobre a presença feminina por trás das câmeras em grandes festivais. Cannes, que historicamente premiou poucas mulheres diretoras, parece estar mais atento à diversidade de vozes no cinema.