A disputa judicial entre a atriz Blake Lively e o diretor e ator Justin Baldoni se encaminha para um encerramento. De acordo com a Variety, o processo movido pelo diretor foi rejeitado pelo tribunal.
O juiz Lewis J. Liman, da Justiça Federal dos Estados Unidos, rejeitou o processo de US$400 milhões movido por Justin Baldoni contra Blake Lively, Ryan Reynolds e o jornal The New York Times. Baldoni alegava danos morais, extorsão e outras acusações em resposta às denúncias de assédio feitas por Lively.
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Segundo Liman, as acusações de assédio sexual feitas por Lively são protegidas pela legislação americana e, portanto, não poder ser objeto de processos por danos morais ou difamação.
O juiz rejeitou integralmente a ação de Baldoni, permitindo somente a reapresentação de alegações sobre interferência contratual, desde que sejam reformuladas. A equipe jurídica do diretor ainda pode entrar com um recurso até 23 de junho, mas é pouco provável que ocorra, devido às poucas brechas existentes após a decisão.
Após a decisão ser divulgada, Blake Lively fez uma publicação agradecendo o apoio dos fãs e de amigos, em seu perfil no Instagram, e aproveitou a visibilidade para enumerar ONGs que apoiam mulheres em situações de vulnerabilidade. “Na semana passada, estive orgulhosamente ao lado de 19 organizações unidas na defesa do direito das mulheres de se manifestarem pela própria segurança”, escreveu nos Stories.
A atriz também falou sobre a ação classificada como retaliação da equipe jurídica de Baldoni, a mesma utilizada por Johnny Depp no caso contra Amber Heard, emitida em março deste ano:
“Como tantas outras, senti a dor de enfrentar um processo retaliatório, incluindo a vergonha fabricada que tenta nos destruir. Embora a ação contra mim tenha sido derrotada, muitas não têm recursos para reagir”, continuou.
“Estou mais determinada do que nunca a continuar defendendo o direito de toda mulher de ter voz na proteção de si mesma, incluindo sua segurança, sua integridade, sua dignidade e sua história. Existem proteções por aí”, acrescentou Lively.
A atriz finalizou divulgando organizações e agradecendo pelo apoio durante o processo:
“Confira, abaixo, algumas das organizações incríveis para obter recursos e informações. Com amor e gratidão por todos que ficaram ao meu lado: muitos de vocês que conheço, muitos que não. Mas nunca deixarei de agradecer ou lutar por vocês”.
Entenda o caso
O processo inical movido por Blake Lively acusa Justin Baldoni de assédio sexual nos bastidores das gravações do filme É Assim que Acaba.
A atriz acusa Baldoni de mostrar a ela videos de mulheres nuas sem consentimento, discutir com ela o seu vicio antigo em pornografia e falar repentinamente sobre seus conquistas sexuais e comen tários sobre o peso de Blake. Ele também teria tentado adicionar mais cenas de sexo em É Assim que Acaba, incluindo sequências de sexo oral e que mostravam o rosto de Lively enquanto chegava ao orgasmo.
O incômodo foi tão significativo a ponto da atriz solicitar a presença de Ryan Reynolds, marido de Lively, nas reuniões internas do longa.
A atriz afirma que Baldoni promoveu um ambiente de trabalho hostil e que o diretor tentou destruir a sua imagem na imprensa. A situação teria acontecido após choques criativos sobre o marketing do filme, com a atriz querendo um tom mais positivo e Baldoni querendo um foco na questão da violência doméstica. O diretor nega as acusações.