A pesada derrota por 4 a 0 para o Botafogo, neste domingo (11), no Estádio Nilton Santos, causou abalo evidente no Internacional. Em entrevista após a partida, o técnico Roger Machado admitiu que a goleada interfere diretamente no ânimo e na preparação para o decisivo confronto de quinta-feira contra o Nacional, pela Libertadores. Com uma equipe alternativa em campo, o Colorado não resistiu à pressão do adversário e colecionou mais um resultado preocupante.
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Em entrevista coletiva, o técnico Roger Machado não escondeu a preocupação com o impacto emocional da goleada.
“A opção de preservar alguns jogadores se mostra acertada pelo objetivo principal ser a Libertadores, mas o que não queríamos era contaminar essa decisão com uma goleada fora de casa. Isso indigna a todos”, afirmou, deixando claro que a derrota foi um golpe psicológico tanto para a equipe quanto para a torcida.
Roger Machado também falou sobre os erros táticos e o momento instável do time:
“Fizemos escolhas que visavam preservar a equipe para a Libertadores, mas a verdade é que a nossa produção em campo foi abaixo do esperado. Não podemos ter uma equipe sem alma e isso ficou claro hoje. Precisamos trabalhar na confiança dos jogadores, principalmente os que estiveram em campo e não corresponderam. Nossa defesa falhou muito e isso tem nos custado muito”.
“Agora, a única coisa que podemos fazer é focar na próxima partida. O grupo tem que entender que a Libertadores é o nosso maior objetivo, mas não podemos esquecer que precisamos reconstruir a confiança e o equilíbrio no nosso futebol”, completou o treinador, ciente da importância de reverter a situação rapidamente.
O elenco também reconheceu a má fase. O zagueiro Robert Renan foi direto:
“Não tem desculpa. Fomos mal em todos os setores e agora temos que dar a resposta em campo. Quinta-feira é decisão.” Já o meia Hyoran destacou o clima no vestiário: “É difícil falar agora. A gente sabia que seria complicado, mas não esperava esse placar. Estamos todos incomodados.”
Nos últimos três jogos, entre Brasileirão e Libertadores, o Inter sofreu 11 gols, contraste gritante com os 14 gols sofridos nos 22 jogos anteriores.
“Não estou satisfeito, o torcedor não está. Se antes não criávamos tanto, ao menos não sofríamos tantos gols. Agora, perdemos o equilíbrio e isso me preocupa”, completou Roger, que viu seu time desmoronar após uma sequência de boas atuações no início do ano.
Atualmente, o Internacional ocupa a 13ª posição no Campeonato Brasileiro, com nove pontos — dois acima da zona de rebaixamento e três atrás do G-6. A missão agora é recuperar a confiança e o equilíbrio até quinta-feira, quando o time enfrenta o Nacional, no Parque Central, em Montevidéu, valendo a sobrevivência na competição continental.