Portugal conquista o Bicampeonato da Nations League e um jogo eletrizante contra a Espanha

Em uma noite histórica na Arena de Munique, Portugal sagrou-se bicampeão da Liga das Nações da UEFA ao superar a Espanha em uma final épica, decidida nos pênaltis após um empate em 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação. O confronto ibérico, um clássico do futebol europeu, entregou tudo o que se esperava de uma decisão: intensidade, reviravoltas, lances memoráveis e a dramaticidade dos onze metros. A partida, que aconteceu em 8 de junho de 2025, ficará marcada na memória dos torcedores como um dos duelos mais emocionantes da história recente do torneio.

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O Início avassalador: gols e emoções

Desde o apito inicial, ficou claro que ambas as seleções estavam determinadas a buscar o gol. A energia era palpável na Arena de Munique, com as torcidas vibrando a cada jogada. Portugal começou pressionando, mostrando sua vocação ofensiva e criando a primeira chance clara aos 4 minutos com João Neves. A Espanha respondeu rapidamente, com Lamine Yamal e Nico Williams assustando a defesa portuguesa.

Apesar das chances de Portugal, foi a Espanha que conseguiu abrir o placar. Aos 20 minutos, em uma jogada que evidenciou a pressão e a capacidade de finalização espanhola, Zubimendi marcou após um cruzamento de Lamine Yamal, aproveitando uma falha da defesa portuguesa.

A vantagem, no entanto, durou pouco. Portugal mostrou sua força de reação e, apenas cinco minutos depois, aos 25, chegou ao gol de empate. Nuno Mendes recebeu na entrada da área, driblou o marcador com habilidade e chutou cruzado, no canto esquerdo de Unai Simón. O gol gerou polêmica, com os jogadores da Espanha reclamando de um possível impedimento de Cristiano Ronaldo, mas o VAR confirmou a posição legal do craque português, para delírio da torcida. A confirmação do gol levou Cristiano Ronaldo a uma pequena provocação com Oyarzabal.

A partida seguiu em ritmo frenético. Aos 28 minutos, a Espanha assustou novamente com Nico Williams, mas Diogo Costa saiu bem e atrapalhou o atacante. Fabián Ruiz recebeu cartão amarelo aos 32 por impedir um contra-ataque de Portugal.

E quando parecia que o primeiro tempo terminaria em empate, a Espanha voltou a se adiantar no placar. Aos 44 minutos, veio o segundo gol da Espanha. Pedri arrancou pelo meio e tocou na área para Oyarzabal, que apenas desviou na saída de Diogo Costa, colocando o time espanhol novamente na frente.

Reação portuguesa e o brilho do Cristiano Ronaldo

O segundo tempo começou com a Espanha mais precavida, recuando um pouco e tentando controlar o ímpeto português. No entanto, Portugal não demorou a aproveitar o espaço. Aos 3 minutos da etapa final, Bruno Fernandes marcou um gol que foi anulado por impedimento de Pedro Neto. Aos 10 minutos, Fabián Ruiz chutou da entrada da área, exigindo uma boa defesa de Diogo Costa.

Mas a noite era de Portugal, e a sua estrela maior não demoraria a aparecer novamente. Aos 15 minutos do segundo tempo, veio o gol de empate de Portugal, e com ele, um momento histórico. Nuno Mendes entrou na área pela esquerda, seu cruzamento foi desviado, e a bola sobrou para Cristiano Ronaldo, que venceu a disputa e empurrou de pé direito para empatar o jogo. Foi o gol número 938 de Cristiano Ronaldo em sua impressionante corrida ao milésimo gol (considerando também os 39 feitos em amistosos por clubes, o número pode chegar a 977), ampliando seu recorde como o maior artilheiro da seleção portuguesa e de todas as seleções masculinas. A Arena de Munique explodiu em celebração.

Após o empate, o jogo seguiu em alta voltagem. Aos 23, a Espanha assustou novamente com Nico Williams. Aos 31, Lamine Yamal chutou da entrada da área, mas Diogo Costa defendeu. Aos 36, Pedro Neto recebeu cartão amarelo por segurar Lamine Yamal.

Aos 37, Diogo Costa fez mais uma defesa espetacular em chute forte de Isco, espalmando para escanteio. No minuto seguinte, um lance de susto para Portugal: Oyarzabal recebeu em impedimento, mas o assistente demorou a marcar, e o meia tocou por cima de Diogo Costa. Renato Veiga se esticou e salvou em cima da linha, em uma jogada crucial.

Aos 45, Le Normand recebeu cartão amarelo por falta em Rafael Leão. O tempo normal se encerrou com o empate em 2 a 2. Antes do fim, em um gesto de liderança, Cristiano Ronaldo pediu substituição, dando lugar a Gonçalo Ramos, e foi para o banco apoiar o time na prorrogação.

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Prorrogação: a batalha se estende e a tensão aumenta

Com o placar em 2 a 2, o jogo seguiu para a prorrogação, com as duas equipes sentindo o cansaço de uma partida de alta intensidade. O primeiro tempo extra começou com Portugal buscando o gol, com Nuno Mendes criando uma chance aos 1 minuto. A defesa espanhola rebateu um cruzamento aos 7′, e Cucurella pegou a sobra, chutando por cima. Aos 9′, a intensidade do jogo resultou em uma confusão entre Nuno Mendes e Baena, controlada pela arbitragem.

Aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Nuno Mendes recebeu em uma cobrança de falta ensaiada e cabeceou para a defesa de Unai Simón. Aos 15′, Lamine Yamal arriscou da entrada da área, e Diogo Costa defendeu, mantendo o empate.

O segundo tempo da prorrogação recomeçou com as equipes buscando o gol de desempate, mas o cansaço era visível. Houve tentativas de ambos os lados, com Baena e Morata criando lances perigosos, mas as defesas se mantiveram firmes. Aos 13′, Merino lançou Baena nas costas da defesa, mas o goleiro Diogo Costa saiu do gol com precisão e ficou com a bola, demonstrando sua segurança.

O apito final da prorrogação veio, confirmando o empate em 2 a 2. A decisão do título da Liga das Nações 2025 seria nos pênaltis, um cenário de nervos à flor da pele e que testaria a resiliência e a pontaria dos jogadores.

A dramática disputa de pênaltis: Portugal é CAMPEÃO!

Com o empate persistindo após 120 minutos de um futebol intenso, a Arena de Munique se preparava para a decisão mais emocionante: os pênaltis. A tensão era palpável, e os holofotes se voltaram para os cobradores e os goleiros.

A disputa foi equilibrada até a quarta cobrança. Por Portugal, Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes e Nuno Mendes converteram suas cobranças com categoria e precisão. Pelo lado espanhol, Merino, Álex Baena e Isco também fizeram seus gols, mantendo a igualdade no placar.

O momento decisivo veio com a cobrança de Morata. O atacante espanhol bateu o pênalti sem muita força, e Diogo Costa fez uma defesa espetacular no canto direito, pulando no momento certo e afastando a bola. A defesa do goleiro português levou a torcida ao delírio e colocou Portugal com 4 a 3 no placar, com a chance de ser campeão na próxima cobrança.

A responsabilidade de garantir o título caiu sobre os ombros de Rúben Neves. O meio-campista cobrou com maestria no canto direito, deslocando Unai Simón, e garantiu o bicampeonato da Liga das Nações para Portugal.

A celebração e o legado

Com o apito final e a confirmação da vitória, a Arena de Munique se transformou em um palco de festa portuguesa. Os jogadores correram para celebrar com Diogo Costa, o herói da disputa de pênaltis, e logo depois, se abraçaram em meio à euforia da conquista. Portugal, com uma campanha sólida e uma atuação memorável na final, mostrou mais uma vez sua força no cenário do futebol europeu, confirmando a excelente fase de sua geração de jogadores.

O bicampeonato da Liga das Nações da UEFA é um marco importante para a seleção portuguesa, reforçando seu status como uma das grandes potências do futebol mundial. A partida contra a Espanha ficará na história como um clássico inesquecível, repleto de gols, reviravoltas e a dramaticidade que só uma final entre duas grandes seleções pode proporcionar. A festa em Munique se estenderá por Portugal, celebrando um título merecido e a paixão de uma nação pelo futebol.

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