Marquinhos: A superação de um capitão e a glória inédita do PSG na Champions League

Em uma noite que ficará para sempre marcada na história do futebol, o Paris Saint-Germain conquistou sua primeira Liga dos Campeões, e o brasileiro Marquinhos teve o privilégio de ser o capitão a levantar a tão cobiçada taça. A vitória por 5 a 0 sobre a Inter de Milão, em Munique, não foi apenas um triunfo, mas o ápice de uma jornada de superação e resiliência, conforme destacou o próprio zagueiro.

Marquinhos se torna o segundo brasileiro a erguer o troféu da Champions League como capitão de seu time, um feito notável que coroa sua trajetória no clube parisiense. Desde sua chegada em 2013, o defensor vivenciou altos e baixos, incluindo uma dolorosa derrota em uma final de Champions League em 2020. No entanto, a persistência e o caráter do elenco do PSG, liderados pelo brasileiro, foram fundamentais para a conquista inédita.

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Emocionado após a goleada histórica, Marquinhos expressou sua gratidão e reflexão sobre a jornada.

“Não sei nem se a gente merecia tanto, 5 a 0 contra um time tão incrível do outro lado, que também merecia muito, eu sou apaixonado por esse clube e tudo que fizemos nessa competição foi de se orgulhar. Um começo difícil, em que tivemos que mostrar caráter e humildade e conseguimos.” afirmou o capitão à TNT Sports. Sua fala revela a humildade de um atleta que, apesar da vitória expressiva, reconhece o valor do adversário.

A campanha do PSG na Champions League foi marcada por momentos de dificuldade, mas o time soube se reerguer.

“No meio da competição ganhamos confiança e vimos o caminho que deveríamos seguir. Merecemos estar aqui e este resultado”, pontuou Marquinhos.

A emoção tomou conta do capitão durante a partida, um reflexo de toda a pressão e as críticas que enfrentou ao longo de sua carreira.

“No meio da partida comecei a chorar, porque a gente pensa em tudo que sofremos, falhei em alguns momentos também, fui crucificado, sabemos como é o futebol. Agradeço ao Nasser Al-Khelaïfi (dono do PSG) também pela oportunidade”, desabafou.

A grande final foi um espetáculo de gols, com destaque para a performance do jovem prodígio Desiré Doué, de apenas 19 anos, que marcou dois gols e deu uma assistência. Hakimi, Kvaratskhelia e Mayulu completaram a goleada, que se tornou a maior na história das finais da Liga dos Campeões.

Marquinhos, que disputou 13 edições da Champions com o PSG antes de se tornar campeão, ressaltou a importância do trabalho em equipe e da confiança no comando técnico.

“Vivo falando que eu fiquei muito velho o rápido nesse time. Às vezes só futebol não tem uma fórmula secreta. Experiência é muito importante, mas hoje fomos campeões com um time muito jovem. Isso depende muito do que nosso treinador mostra e quer dentro de campo. Confiamos muito nele. Ele merece muito, trabalhou muito não só a tática mas a parte mental e espiritual. E hoje conseguimos fazer um grande jogo”, concluiu o zagueiro.

Remanescente do elenco que perdeu a final de 2020 para o Bayern de Munique, Marquinhos, juntamente com Kimpembe, representa a continuidade de um projeto ambicioso que começou com a chegada de Nasser Al-Khelaïfi. Em 12 anos no PSG, o zagueiro brasileiro coleciona impressionantes 33 troféus com o clube, solidificando seu legado como um dos maiores nomes da história recente do Paris Saint-Germain e agora, um imortal da Liga dos Campeões.

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