O atacante Hulk, do Atlético-MG, completa nesta segunda uma marca indigesta para qualquer jogador: um ano sem fazer gol com a bola rolando, pelo Campeonato Brasileiro. O último tento do herói atleticano foi contra o Bragantino, na Arena MRV, em vitória por 3 a 0, na 24ª rodada da edição passada da competição. De lá para cá, o paraibano marcou seis gols de bola parada. Foram três de falta, dois de pênalti e um gol olímpico.
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Em outras competições, o atacante marcou pela última vez com bola rolando em 14 de agosto, contra o Godoy Cruz, pela partida de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, na Arena MRV. Desde então, ele não marca há oito jogos. Nem de bola parada.
O jejum de Hulk reflete a situação do time. O Galo está há um mês sem vencer. A última vitória da equipe alvinegra foi contra o mesmo Godoy Cruz, no dia 21 de agosto, na Argentina. Neste período, o time soma três derrotas e um empate pelo Campeonato Brasileiro, um empate pela Sula e duas derrotas pela Copa do Brasil, contra o principal rival, o Cruzeiro, que significaram a eliminação da equipe do mata-mata nacional.
A última chance de Hulk encerrar o jejum incômodo havia sido no sábado, contra o Botafogo, carrasco do Galo na final da Libertadores, em 2024, e, assim como na partida decisiva da competição continental do ano passado, o time mineiro jogou boa parte do jogo com um homem a mais e saiu de campo derrotado. 1 a 0 para os cariocas.
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O desempenho do atleta parece vir contaminando os companheiros. Dudu, contratado após sair do Cruzeiro pela porta dos fundos, amarga uma sequência no banco. O zagueiro Lyanco vem cometendo repetidos pênaltis nos últimos jogos. Bernard tem apenas dois gols e uma assistência em 59 jogos na sua segunda passagem pelo time. Até mesmo o ídolo Guilherme Arana vem em má fase, sem nenhuma vitória pelo time no Brasileirão.
O Atlético tem agora uma sequência de jogos em casa para quebrar essa marca. O time volta a campo na quarta-feira contra o Bolívar, pelo jogo de volta das quartas de final da Sul-Americana. Em seguida, o Galo enfrenta o Mirassol, quarto colocado no Brasileirão e pedra no sapato de muito time grande na competição, e o Juventude, nos dias 27 e 30 de setembro, respectivamente.
O fator casa poderia ser decisivo para reverter essa escrita, mas o clima não é dos melhores. Após a demissão do técnico Cuca e a volta de Jorge Sampaoli ao comando da equipe, são quatro jogos sem vitória. Uma derrota para o Bolívar significará, além da eliminação na competição continental, mais um degrau na espiral de crise vivida pelo Atlético.
