Nesta semana, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed ben Sualyem, comentou em seu Instagram sobre a atual diretriz da federação sobre os pilotos falarem palavrões ou realizarem manifestações políticas e religiosas, que foi imposta em janeiro deste ano. Confira:
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“Após feedbacks construtivos de pilotos das nossas sete categorias do Campeonato Mundial da FIA, estou considerando fazer melhorias no Apêndice B. Como ex-piloto de rali, entendo melhor do que a maioria as exigências que eles enfrentam. O Apêndice B é uma parte fundamental do Código Esportivo Internacional e é essencial para manter o esporte acessível a toda a nossa família esportiva. Os seres humanos criam as regras e os seres humanos podem melhorar as regras. Esse princípio de melhoria contínua é algo em que sempre acreditei e está no centro de tudo o que fazemos na FIA”,
A diretriz conhecida como “Apêndice B” é uma norma da FIA que regulamenta as manifestações e comportamentos dos pilotos em todas as categorias sob sua jurisdição. Ela abrange desde atitudes em pista até declarações em entrevistas e o cumprimento de protocolos obrigatórios antes e após eventos oficiais.
As punições previstas variam de multas entre 15 mil e 45 mil euros (aproximadamente R$96 mil a R$296 mil) até a perda de pontos no campeonato, em casos mais graves.
Há quem veja motivações políticas no comentário, especialmente após o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, enfrentar pressões no início de abril com a saída de Robert Reid, que alegou falta de transparência na atual gestão.
Um exemplo emblemático da aplicação do Apêndice B ocorreu em fevereiro, quando o piloto de rali Adrien Fourmaux foi multado em 10 mil euros por proferir um palavrão durante uma entrevista após a etapa do Rally da Suécia. Ele se tornou o primeiro competidor penalizado com base nessa diretriz. A punição gerou forte repercussão, críticas à FIA e levou pilotos da categoria a adotarem um voto de silêncio em eventos oficiais.