Na noite deste sábado (24), o Vasco da Gama enfrentou o Fluminense, no Maracanã, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de um breve período de brilho, o Vasco foi derrotado por 2 a 1, resultado que evidenciou problemas recorrentes na equipe, que hoje é comandada por Fernando Diniz.
LEIA TAMBÉM: “Foi uma vitória brilhante”, diz Renato após virada do Fluminense no clássico
Início preocupante e erros básicos
Desde os primeiros minutos, o Vasco demonstrou dificuldades. Erros simples de passes e domínios, especialmente por parte de Paulo Henrique e Hugo Moura, irritaram o técnico Fernando Diniz e a torcida vascaína, que compareceu em grande número ao estádio, mesmo com o mando de campo sendo do Fluminense. O time das Laranjeiras aproveitou as falhas adversárias e levou perigo em chutes de fora da área, com Serna e Hércules quase abrindo o placar.
Diniz não poupou críticas à atuação do time nesse começo:
“Temos que ser muito mais competentes nos fundamentos. Não dá para errar passes fáceis contra um adversário de qualidade como o Fluminense. Isso custou caro hoje”
Breve reação vascaína
Aos 20 minutos, o Vasco teve seu melhor momento na partida. Nuno Moreira, atuando mais centralizado, tabelou com Tchê Tchê e acionou Paulo Henrique, que desperdiçou a chance ao cruzar mal. A entrada efetiva de Rayan no jogo mudou a dinâmica ofensiva do Vasco. Aos 27 minutos, Rayan sofreu falta após driblar Freytes. Na cobrança ensaiada, Piton cruzou para João Victor abrir o placar.
Pouco depois, Rayan desarmou Freytes, avançou e finalizou em cima de Fábio. Aos 34 minutos, acertou o travessão em mais uma jogada ensaiada. Contudo, após esse período de 15 minutos, o Vasco não conseguiu manter o ímpeto ofensivo.
Sobre essa fase mais positiva, Diniz comentou:
“Ficamos um bom tempo controlando o jogo e criando oportunidades. O gol foi mérito da equipe que soube aproveitar a cobrança ensaiada, mas não conseguimos sustentar o ritmo. Isso é algo que precisamos trabalhar muito”
Virada tricolor e domínio no segundo tempo
O empate do Fluminense veio ainda no primeiro tempo, em um lance infeliz de Vegetti, que marcou contra após cruzamento de Guga. No segundo tempo, o Fluminense dominou as ações, pressionando a saída de bola do Vasco e controlando o meio-campo.
As substituições feitas por Diniz, com as entradas de Adson e Lucas Freitas, não surtiram efeito. Sem alternativas no banco e sem conseguir ameaçar o gol de Fábio, o Vasco viu Guga marcar um belo gol, selando a virada tricolor.

Diniz reconheceu a superioridade do adversário na segunda etapa:
“O Fluminense foi melhor no segundo tempo, não tem como negar. Nós não conseguimos manter a posse e cometemos muitos erros que facilitam a vida do adversário. É uma derrota que serve para aprendermos e corrigirmos essas falhas”
Confusão na substituição de Hugo Moura
Após a partida, o técnico Fernando Diniz revelou uma falha de comunicação que resultou na substituição equivocada de Hugo Moura. Segundo Diniz, a intenção era substituir Nuno Moreira por Paulinho, mas o quarto árbitro entendeu errado e indicou a saída de Hugo Moura.
“Ele falou o nome, mas o quarto árbitro entendeu errado”, explicou o treinador.
Essa troca não planejada comprometeu a estratégia da equipe, especialmente no meio-campo, onde o Vasco já enfrentava dificuldades.
Sobre o impacto dessa substituição, Diniz acrescentou:
“Quando você perde um jogador no meio por erro de comunicação, o time perde um pouco do equilíbrio. Isso atrapalhou a nossa dinâmica e dificultou ainda mais a reação que tentávamos”
Reprovação à provocação de Rayan
Durante a coletiva, Diniz também comentou sobre a provocação feita por Rayan após o gol do Vasco. O atacante fez um “C” com a mão em direção à torcida do Fluminense, em referência ao ano em que a equipe tricolor disputou a Série C, em 1999. O treinador desaprovou a atitude e afirmou que conversará com o jogador.

“Isso é um tipo de gesto que cabe ao torcedor. Nós, que estamos no meio do futebol, não devemos fazer”, disse Diniz.
Ele ainda completou sobre a postura dentro de campo:
“Precisamos sempre ser profissionais e respeitar os adversários. Provocações não agregam, só atrapalham o ambiente do grupo e a imagem do clube. Vou conversar com o Rayan para que entenda isso”
Reflexão sobre o desempenho vascaíno
A derrota expôs deficiências recorrentes no Vasco, como a falta de consistência durante os 90 minutos e a dificuldade em manter a posse de bola sob pressão. A equipe sentiu a ausência de um articulador no meio-campo, como Coutinho, e a má atuação de jogadores chave comprometeu o desempenho coletivo.
O técnico Fernando Diniz terá o desafio de corrigir esses problemas para evitar que a equipe continue a repetir os mesmos erros nas próximas partidas.
Em tom de alerta, Diniz concluiu:
“Estamos em um momento que exige concentração máxima. Cada jogo é uma final e precisamos estar preparados para os 90 minutos, com foco e intensidade. Só assim vamos conseguir resultados melhores.”