O Cruzeiro não precisou de muito tempo para decidir o segundo jogo das quartas de final da Copa do Brasil contra o arquirrival Atlético-MG e selou a classificação com 2 a 0 no placar, com 4 a 0 no agregado. A partida aconteceu na noite desta quinta-feira (11), com início às 19h30 (horário de Brasília), no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
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Primeiro tempo
Kaio Jorge, que era dúvida antes do clássico, marcou logo aos cinco minutos de jogo após cobrança de falta e confusão na área do rival.
William cobrou a falta sofrida por Christian para conclusão do artilheiro celeste. O juiz Rafael Klein demorou quase três minutos para confirmar o tento cruzeirense revisado pelo VAR, e ampliar o placar agregado, que agora marcava 3 a 0 para os anfitriões.
O jogo esquentou com reclamações de ambos os lados e cartões amarelos para Wanderson, do Cruzeiro, e Hulk, do Atlético-MG. Da parte da torcida também vieram gritos homofóbicos e copos de cerveja lançados contra os reservas do rival, que obrigaram o juiz a paralisar a partida e os jogadores da Raposa a pedirem para sua própria torcida que parasse de arremessar objetos.
Com o clima tenso, nenhuma das duas equipes ameaçou com perigo e ambos os times foram para o intervalo com o 1 a 0 para o Cruzeiro e equilíbrio nos números, com 4 finalizações para os donos da casa e 5 para os visitantes.
Segundo tempo
Na volta do segundo tempo, o técnico alvinegro Jorge Sampaoli, estreando pelo Galo ao substituir Cuca no comando do time, sacou Gabriel Menino para a entrada de Rony. Sem substituições pelo time azul, Kaio Jorge ampliou o placar ao desviar cruzamento de William, novamente, aos dois minutos da segunda etapa.
Após 20 minutos, o técnico azulado, Leonardo Jardim, tirou Kaio Jorge e Wanderson para as entradas de Gabigol, e Matheus Henrique, respectivamente. Quem também entrou para ganhar minutagem foi o reforço estrelado Luis Sinisterra, no lugar de Christian. Do lado alvinegro, Igor Gomes e Cuello foram substituídos por Franco e Renier, respectivamente. Por fim, Matheus Pereira e Lucas Silva deixaram o campo para as entradas de Eduardo e Wallace, aos 40 minutos.
Antes que o jogo acabasse, e enquanto era anunciada a quebra de recorde de público no Mineirão, com 61.584 pessoas – uma a mais que o recorde anterior -, Guilherme Arana, do Atlético-MG, foi expulso ao empurrar Matheus Henrique, do Cruzeiro.
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Com a situação resolvida em 4 a 0 no agregado, o vice-líder do Brasileirão agora volta suas atenções para o campeonato nacional. Oportunidade para rodar e descansar o elenco, que vem dando sinais de estafa. Além de Kaio Jorge, lesionado no jogo entre Brasil e Chile, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, Matheus Pereira também chegou a ser dúvida para o clássico por um pequeno incômodo muscular.
Próximos compromissos
Sem mais competições para disputar este ano, o Cruzeiro só volta a campo pela Copa do Brasil nos dias 10 e 14 de dezembro. A CBF adiantou as últimas rodadas do Brasileirão e postergou as fases finais do mata-mata para que o calendário dos times que ainda disputam a Libertadores não seja prejudicado caso um deles – Palmeiras, São Paulo e Flamengo – se classifique para a Copa Intercontinental da FIFA, também em dezembro.
Já o Atlético-MG, além do Brasileirão, onde está em 14º lugar, volta suas atenções também para a Copa Sul-Americana. A competição continental é a grande chance do Galo mineiro salvar sua temporada, mas, para isso, a equipe alvinegra terá de, literalmente, subir uma montanha. O próximo adversário do time de Lourdes é o Bolívar, na altitude de La Paz, pelas quartas-de-final, na quarta-feira da próxima semana.
Pelo campeonato nacional, ambas as equipes entram em campo na rodada do fim de semana. O Atlético-MG recebe o Santos, na Arena MRV, domingo (14), às 16h, enquanto o Cruzeiro vai a Salvador enfrentar o Bahia, na Fonte Nova, na segunda (15), às 20h. Antes, porém, a torcida celeste vai poder torcer pela equipe feminina da Raposa. As Cabulosas decidem, também contra o Corinthians, a final do Campeonato Brasileiro feminino, no domingo (14), às 10h30, em São Paulo.