Corinthians brilha na Copa do Brasil, mas Dorival cobra reação no Brasileiro

O contraste é evidente: enquanto na Copa do Brasil o Corinthians exibe campanha irretocável, com seis vitórias e nenhum gol sofrido, no Campeonato Brasileiro o time ainda patina, ocupando apenas a 12ª posição com 26 pontos. Dorival Júnior, experiente e próximo de alcançar mil jogos na carreira, não se esquiva do assunto. Ao contrário, faz dele um ponto central de sua análise.

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“Temos consciência do nosso incômodo na tabela. Precisamos correr atrás do prejuízo provocado por nós mesmos”, disse na coletiva. Para ele, a equipe já demonstrou consistência, volume de jogo e posse de bola em várias rodadas do Brasileirão, mas falhou em transformar desempenho em resultado. O desafio é transportar para os pontos corridos a mesma competitividade que se tornou marca registrada nas copas.

Dorival reconhece que não existe “receita pronta” para esse tipo de transição.

“Se eu tivesse, já teria corrigido e buscado os resultados”, afirmou, lembrando que o futebol é feito de contextos e detalhes. Ainda assim, aposta na repetição dos fundamentos: dedicação, cobrança equilibrada e, sobretudo, extração máxima do potencial de cada jogador.

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Parte desse esforço passa pela gestão do elenco. Lesões e suspensões têm obrigado o técnico a improvisar soluções e acelerar processos, como no caso dos jovens promovidos recentemente. Dorival diz que não vê hierarquia rígida entre titulares e reservas e que todos devem estar preparados para entrar em campo. Esse discurso, aliado à prática de mudanças frequentes, é um dos pilares para manter a competitividade interna.

O próximo jogo, contra o Fluminense, no Maracanã, será um bom termômetro para medir até que ponto essa “mentalidade copeira” se transfere ao Brasileirão. Dorival insiste que os seis próximos jogos no campeonato terão peso crucial para definir a temporada e já pede concentração máxima.

“Temos que crescer e temos consciência disso”, reforçou.

No fundo, o técnico tenta transformar um dilema em oportunidade. Se conseguir estender o nível de desempenho das copas ao torneio de pontos corridos, não apenas aliviará a pressão no Brasileiro como também chegará mais forte às fases finais da Copa do Brasil. Para um clube que busca estabilidade depois de meses turbulentos, essa é uma equação que vale ouro.

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