A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Bahia, administrada pelo City Football Group, encerrou o exercício de 2024 com um prejuízo de R$ 249,8 milhões. O dado consta no balanço financeiro publicado na última sexta-feira (25). Apesar do resultado negativo, o clube mantém um caixa positivo de R$ 134 milhões.
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O déficit representa um aumento de 273,4% em comparação ao prejuízo de R$ 66 milhões registrado em 2023. O resultado financeiro do ano foi influenciado por custos operacionais de R$ 445,46 milhões e despesas administrativas de R$ 77,7 milhões, enquanto a receita líquida ficou em R$ 273,3 milhões. Ao subtrair esses valores, o prejuízo operacional chegou a R$ 249,8 milhões, valor que, somado ao resultado financeiro (R$ 3,34 milhões), resultou no déficit final.
Apesar das perdas, o balanço apontou um recorde histórico de receita bruta: R$ 298,6 milhões em 2024, um crescimento de R$ 62,6 milhões em relação ao ano anterior. Veja a evolução da receita bruta do clube nos últimos anos:
- 2019 – R$ 253 milhões
- 2020 – R$ 167 milhões
- 2021 – R$ 242 milhões
- 2022 – R$ 118 milhões
- 2023 – R$ 236 milhões
- 2024 – R$ 299 milhões
Os principais gastos do Bahia no último ano foram relacionados ao futebol profissional e à base. Somente com salários, encargos e benefícios, o clube desembolsou R$ 293,7 milhões — um acréscimo de R$ 121,2 milhões em relação a 2023. Outros custos relevantes incluem:
- Negociações de atletas – R$ 97,3 milhões
- Logística, operação e viagens – R$ 54,5 milhões
- Despesas gerais e administrativas – R$ 37,5 milhões
- Despesas de serviço – R$ 17,3 milhões
- Outras despesas – R$ 23,1 milhões
Mesmo diante do prejuízo, o Conselho Deliberativo aprovou as contas da SAF e ressaltou que o Grupo City tem seguido um modelo de gestão considerado saudável.