O atacante Taiwo Awoniyi, do Nottingham Forest, foi submetido a um coma induzido após passar por uma cirurgia abdominal na última terça-feira. O procedimento ocorreu poucos dias depois de o jogador sofrer um trauma sério ao colidir com a trave durante a partida contra o Leicester, no último domingo. Segundo o clube, o atleta de 27 anos está se recuperando bem, embora mais detalhes sobre seu estado de saúde não tenham sido divulgados.
Segundo a Sky Sports e a BBC, não há indícios de que a condição de Awoniyi seja mais grave. As emissoras explicam que o coma induzido foi adotado como medida para limitar os movimentos do jogador e controlar sua frequência cardíaca. De acordo com a imprensa inglesa, ele sofreu uma ruptura intestinal após se chocar com a trave.
O incidente aconteceu nos minutos finais da partida contra o Leicester, durante uma disputa de bola. Awoniyi havia entrado em campo sete minutos antes do apito final e tentou alcançar um lançamento de Elanga, que estava em posição de impedimento no momento do passe. No entanto, a assistente preferiu não sinalizar imediatamente a irregularidade, seguindo o protocolo do VAR para lances ajustados.
O nigeriano ainda tentou continuar em campo, sinalizando para a comissão técnica que estava bem. No entanto, pouco depois, caiu no gramado com fortes dores, surpreendendo o técnico Nuno Espírito Santo. Momentos antes, ele havia utilizado a última janela de substituições para colocar Jota Silva no lugar de Elliott Anderson, o que impediu qualquer troca imediata. Por isso, Awoniyi teve que permanecer em campo por mais alguns minutos, até o apito final.
Em comunicado divulgado na última terça-feira com atualizações sobre a recuperação do jogador, o Nottingham Forest destacou que o proprietário do clube, o empresário Evangelos Marinakis, demonstrou insatisfação ao fim da partida com o fato de a equipe médica ter permitido que o atacante continuasse jogando após o impacto. Marinakis chegou a entrar em campo para expressar suas queixas, protagonizando uma cena polêmica ao discutir de forma ríspida com o técnico Nuno Espírito Santo.
– Sua reação foi de um cuidado profundo, de responsabilidade e envolvimento emocional. Ele não viu isso como incidente isolado, mas como algo que reflete os valores de todo o time. Em momentos como esse, ele demonstra sua liderança, não só por palavras, mas com ação e presença. Nos 10 minutos finais do jogo, quando ele viu nosso jogador claramente desconfortável e sofrendo com uma dor visível, tornou-se difícil ficar fora do campo – argumentou o Forest na nota oficial.
