Flamengo para nas mãos de Everson e Atlético-MG avança às quartas da Copa do Brasil

O reencontro dos finalistas da última Copa do Brasil foi intenso, dramático e terminou com festa alvinegra na Arena MRV. Depois de devolver o placar da ida com um triunfo por 1 a 0 no tempo normal — gol de Everton Cebolinha —, o Flamengo parou nas penalidades. Samuel Lino e Wallace Yan desperdiçaram suas cobranças, Everson brilhou mais uma vez, e o Atlético-MG venceu por 4 a 3 nas penalidades, carimbando a vaga nas quartas de final da competição.

Além do alívio esportivo, o Galo também celebrou o financeiro: com a classificação, o clube embolsa R$ 4,7 milhões, chegando a mais de R$ 14 milhões acumulados só nesta edição da Copa do Brasil. O adversário da próxima fase será conhecido em sorteio no dia 12 de agosto, às 10h, no Rio de Janeiro.

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Primeira etapa com cara de Flamengo

Com a missão de reverter a desvantagem da ida, o Flamengo partiu para cima desde o primeiro minuto. A postura agressiva deu resultado cedo. Aos 17 minutos, depois de bom lançamento de Júnior Alonso, Plata achou Everton Cebolinha nas costas da zaga. O camisa 11 bateu de primeira, com categoria, na saída de Everson e abriu o placar.

O Rubro-Negro manteve o controle das ações e continuou martelando. Pedro, Wallace Yan e Jorginho tiveram boas chances, mas pecaram na finalização. A melhor delas, talvez, veio novamente com Cebolinha, que cobrou falta com perigo e quase ampliou ainda no primeiro tempo.

O Galo, por sua vez, pouco produziu ofensivamente. Hulk até arriscou de fora da área, e Scarpa levou perigo em chute no fim da etapa, mas o time mineiro claramente sentia a ausência de criatividade no setor de meio-campo.

Atlético melhora, mas Rossi segura o resultado

Na volta do intervalo, o técnico Cuca reconheceu o erro na escalação de Natanael e lançou Saravia de volta à lateral-direita. A mudança surtiu efeito imediato. O Galo voltou mais ligado e criou boas chances com Rony e Scarpa, que acertou a trave em chute de fora da área. O Flamengo, que dominou o primeiro tempo, viu o adversário crescer no jogo.

Rossi, porém, estava em noite inspirada. O goleiro rubro-negro foi decisivo em sequência de duas defesas: primeiro, em chute forte de Guilherme Arana, e depois, em uma tentativa de letra de Hulk dentro da pequena área.

Do outro lado, Tite tentou reequilibrar o time com as entradas de Samuel Lino, Saúl e Arrascaeta. O Fla até teve mais posse de bola nos minutos finais, mas com pouca contundência. Já o Atlético cresceu nos 15 minutos finais, encurralando o rival, mas sem conseguir o empate.

O apito final levou a decisão para os pênaltis, e a tensão tomou conta da Arena MRV.

Nos pênaltis, Everson decide e Atlético-MG avança

Na marca da cal, brilhou quem mais brilhou ao longo das últimas semanas: o goleiro Everson. Ele já havia sido decisivo contra o Bucaramanga, na Sul-Americana, e repetiu a dose. Defendeu a cobrança de Wallace Yan e contou com o erro de Samuel Lino, que bateu para fora. Do lado alvinegro, todos os batedores converteram, incluindo o próprio Everson, que fechou a série com o gol da classificação.

A vitória nos pênaltis por 4 a 3 selou a vaga atleticana e confirmou a eliminação do atual campeão da competição. O público de 38.873 torcedores fez a festa em Belo Horizonte, com renda superior a R$ 4,4 milhões.

Agenda cheia e cofres mais ainda

Enquanto o Flamengo agora volta suas atenções ao Campeonato Brasileiro, onde lidera com 37 pontos e enfrenta o Mirassol no sábado, o Atlético, que ocupa a décima colocação com 23 pontos, vai ao Rio encarar o Vasco, no domingo.

Além da Copa do Brasil, o Galo também está vivo na Sul-Americana. Ao eliminar o Bucaramanga, já garantiu R$ 12,6 milhões em premiações. Enfrenta agora o Godoy Cruz, da Argentina, nas oitavas, sonhando com mais. Se avançar às quartas, o clube pode embolsar cerca de R$ 3,9 milhões a mais.

A temporada atleticana, que começou com desconfiança, vai ganhando contornos otimistas. Com Everson como símbolo de resiliência e decisivo nos momentos mais agudos, o Galo vai se firmando como um dos protagonistas de 2025 — e com a conta bancária sorrindo de orelha a orelha.

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