O rendimento mensal real domiciliar per capita no Brasil apresentou um crescimento significativo de 4,7% em 2024, alcançando R$ 2.020. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no módulo anual da PNAD Contínua, que analisa o rendimento de todas as fontes, revelam também um avanço importante na redução da desigualdade de renda no país.
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Em comparação com 2023, o rendimento por pessoa nos domicílios brasileiros registrou um aumento notável, impulsionando a massa de rendimento mensal domiciliar per capita para R$ 438,3 bilhões, um incremento de 5,4% em relação ao ano anterior. Desde 2012, o crescimento acumulado do rendimento per capita já soma 19,1%, evidenciando uma tendência positiva ao longo da última década.
Analisando as fontes de renda, o rendimento total proveniente de todas elas atingiu R$ 3.057, com o rendimento habitual do trabalho figurando como a principal componente, somando R$ 3.225. Os programas sociais do governo também contribuíram para a renda das famílias, totalizando R$ 836. A participação do rendimento do trabalho no total do rendimento domiciliar per capita teve uma leve alta, passando de 74,2% para 74,9%.
Além do aumento na renda média, os dados do IBGE apontam para uma diminuição na desigualdade. Em 2024, a diferença entre os mais ricos e os mais pobres no Brasil foi a menor já registrada na série histórica. O 1% da população com os maiores rendimentos recebia 36,2 vezes mais do que os 40% com menor renda. Essa proporção, a menor já observada, indica um estreitamento nas disparidades de renda no país.
Mais brasileiros em rendimento
O levantamento do IBGE também constatou que 143,4 milhões de pessoas possuíam algum tipo de rendimento em 2024. Desse total, 101,9 milhões obtiveram rendimento habitual do trabalho, enquanto 29,2 milhões receberam aposentadorias e pensões. A contribuição dos programas sociais para o rendimento domiciliar per capita se manteve praticamente estável, em 3,8%.
Os resultados da PNAD Contínua trazem um panorama otimista em relação ao rendimento e à desigualdade no Brasil, mostrando um crescimento na renda média e uma tendência de redução nas disparidades entre as faixas de renda da população.