A Petrobras anuncia um novo capítulo para suas operações na Bahia, com o reinício da perfuração de poços terrestres após um hiato de seis anos. A primeira ação desta nova fase teve início na sexta-feira, 9 de maio de 2025, no campo de Taquipe, localizado no município de São Sebastião do Passé, a aproximadamente 80 quilômetros de Salvador.
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A estratégia da estatal prevê um investimento significativo no estado, com a perfuração de cerca de 100 novos poços nos próximos cinco anos. Esta expansão da atividade exploratória abrangerá diversas cidades baianas, incluindo Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Cardeal da Silva, Araçás, Catu e Candeias, além de São Sebastião do Passé. O objetivo principal é impulsionar a produção atual de petróleo e gás na região.
Para concretizar este plano ambicioso, a Petrobras já contratou três sondas de perfuração dedicadas às operações terrestres na Bahia. Adicionalmente, dez novos equipamentos de produção terrestre foram adquiridos. Com estes investimentos, o número de sondas de produção operando no Estado saltará de 13 para 23, reforçando a capacidade produtiva da companhia na região.
Atualmente, a unidade da Petrobras na Bahia emprega cerca de 4,3 mil profissionais e registra uma produção diária de 17 mil barris de óleo equivalente. A infraestrutura da empresa no estado compreende aproximadamente 2 mil poços terrestres e a plataforma de produção de gás de Manati, situada na Bacia de Camamu, no município de Valença. Em 2024, as atividades da Petrobras na Bahia contribuíram com cerca de R$ 257 milhões em tributos e participações governamentais, demonstrando a relevância econômica da empresa para o estado.
Produção de fertilizantes
Em um movimento estratégico que vai além da exploração de petróleo e gás, a Petrobras comunicou a retomada das operações em suas fábricas de fertilizantes localizadas na Bahia e em Sergipe. Este anúncio sucede um acordo firmado com a Proquigel, subsidiária da Unigel, pondo fim a uma extensa disputa contratual e judicial entre as empresas.
A formalização do acordo está prevista para o final deste mês, embora ainda dependa da homologação pelo Tribunal Arbitral. Com a conclusão desta etapa, a Petrobras reassumirá a posse das unidades de produção de fertilizantes.
No entanto, para que as fábricas voltem a operar plenamente, a Petrobras deverá realizar um processo licitatório para a contratação de serviços de operação e manutenção, em conformidade com suas rigorosas práticas de governança e procedimentos internos.
A reinserção da Petrobras no setor de fertilizantes está alinhada com o plano de negócios da companhia para o período de 2025 a 2029. O objetivo declarado é “capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética“. Esta iniciativa estratégica visa integrar as operações da Petrobras, aproveitando sinergias entre seus diversos segmentos de atuação.