Petrobras avança para simulado de emergência na Foz do Amazonas

A Petrobras deu um passo significativo em direção à exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. A sonda ODN-II, contratada pela empresa, deixou o Rio de Janeiro e segue em direção à costa do Amapá para realizar um simulado de emergência, conhecido como Avaliação Pré-Operacional (APO). Esse exercício é a última etapa exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes da possível concessão da licença ambiental para perfuração na região.

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O simulado, previsto para ocorrer entre o final de junho e a primeira quinzena de julho, tem como objetivo testar a eficácia do plano de resposta a emergências da Petrobras em caso de vazamento de óleo. A APO envolverá mais de 400 profissionais e utilizará equipamentos como embarcações de grande porte, helicópteros e a própria sonda de perfuração NS-42. Durante o exercício, serão avaliados aspectos como a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta e a comunicação com autoridades e partes interessadas.

A Bacia da Foz do Amazonas, localizada no litoral do Amapá, é considerada uma das maiores fronteiras petrolíferas do Brasil, com estimativas apontando para a presença de até 6,2 bilhões de barris de óleo equivalente. No entanto, a região é ecologicamente sensível, abrigando vastos recifes de corais e comunidades indígenas, o que tem gerado controvérsias e resistência por parte de ambientalistas e órgãos reguladores. Em 2023, o Ibama negou a licença de perfuração da Petrobras devido a preocupações ambientais, mas a empresa recorreu da decisão e aguarda uma nova avaliação.

A realização bem-sucedida da APO é vista pela Petrobras como um passo crucial para demonstrar sua capacidade de operar com segurança na região e atender aos requisitos estabelecidos pelo Ibama. Se a licença for concedida, a empresa poderá iniciar a perfuração do poço exploratório no bloco FZA-M-59, situado a aproximadamente 160 km da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas.

A expectativa é que, com a obtenção da licença, a Petrobras possa avançar com seus planos de exploração na Margem Equatorial, região estratégica para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás no Brasil.

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