Vendas de motos crescem em abril com alta de 7,3%

O mercado de motocicletas no Brasil demonstra um vigor impressionante em abril, com um salto de 7,3% nas vendas em relação ao mesmo período de 2024. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (5) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), revelam que foram comercializadas 182,7 mil unidades no mês passado.

A comparação com o mês imediatamente anterior também é expressiva. De março para abril, as vendas de motocicletas registraram um aumento ainda maior, atingindo a marca de 10%. Esse desempenho sugere um aquecimento contínuo do setor, influenciado por uma combinação de fatores que vão desde a expansão dos serviços de entrega até a crescente busca dos consumidores por veículos mais acessíveis e com menor custo de manutenção e combustível.

Segundo Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, a motocicleta tem se consolidado não apenas como uma alternativa de mobilidade individual, mas também como um instrumento essencial para o trabalho, especialmente no crescente setor de delivery. A agilidade e a economia proporcionadas pelas motos as tornam ideais para a logística de entregas em centros urbanos cada vez mais congestionados.

O bom momento do mercado de motocicletas se reflete no acumulado dos quatro primeiros meses do ano. De janeiro a abril de 2025, as vendas de motos alcançaram a marca de 656,6 mil unidades, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um dado ainda mais relevante é que esse volume supera o total de automóveis de passeio vendidos no mesmo período, que ficou em 552 mil unidades. Essa inversão estatística sublinha a crescente importância da motocicleta no panorama da mobilidade brasileira.

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O cenário atual indica que a busca por alternativas de transporte econômicas e eficientes, aliada à expansão de setores como o de delivery, continuará a impulsionar o mercado de motocicletas. No entanto, o setor também enfrenta desafios, como a necessidade de acompanhar as discussões sobre sustentabilidade e a possível transição para veículos elétricos, além de se manter atento à estabilidade econômica do país e suas implicações no poder de compra dos consumidores.

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