O Nubank divulgou nesta terça-feira (13) um lucro líquido ajustado de US$ 605,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, registrando um crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar do avanço expressivo, o resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas consultados pela LSEG, que projetavam um ganho de US$ 630,5 milhões. A própria estimativa do banco para o trimestre era de US$ 614 milhões.
Segundo a instituição, o lucro foi impulsionado por uma revisão de créditos fiscais, que adicionou US$ 47 milhões antes dos impostos ao balanço.
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O diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, afirmou à Reuters que o desempenho foi puxado principalmente pelo aumento da rentabilidade no Brasil, maior mercado da empresa, com destaque para a expansão da carteira de empréstimo pessoal e o ganho de eficiência operacional.
Além do Brasil, o banco digital mantém operações na Colômbia e no México, e atingiu uma receita total de US$ 3,2 bilhões, alta de 19% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado foi de 27%, quatro pontos percentuais acima do mesmo período do ano anterior, mas com uma leve queda em relação ao trimestre anterior, quando o índice foi de 29%.
A carteira de crédito do Nubank fechou março em US$ 24,1 bilhões, um crescimento de 23% na comparação anual. Já a inadimplência acima de 90 dias ficou em 6,5% — levemente acima dos 6,3% registrados no primeiro trimestre de 2024, mas com melhora em relação ao quarto trimestre do ano passado, quando atingiu 7%.
O Nubank é um dos principais nomes do setor financeiro digital na América Latina e tem entre seus acionistas a Berkshire Hathaway, empresa de investimentos do bilionário Warren Buffett.