O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,26% em maio de 2025. Esse resultado representa uma desaceleração em relação aos 0,43% observados em abril, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, o IPCA acumula alta de 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses, a inflação atingiu 5,32%. Apesar da desaceleração mensal, a taxa anual ainda permanece acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com margem de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
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O grupo Habitação foi o principal responsável pela aceleração da inflação em maio, com uma variação de 1,19% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral. Esse aumento foi impulsionado pela alta de 3,62% na energia elétrica residencial, devido à mudança na bandeira tarifária, que passou a ser amarela, resultando em cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos
Por outro lado, o grupo Transportes registrou uma queda de 0,37%, com impacto negativo de -0,08 ponto percentual no índice geral. Essa redução foi influenciada pela diminuição nos preços dos combustíveis e passagens aéreas, que caíram 0,72% e 11,31%, respectivamente.
O grupo Alimentação e Bebidas também apresentou desaceleração, passando de 0,82% em abril para 0,17% em maio. Essa variação foi impactada por quedas nos preços de itens como tomate (-13,52%), arroz (-4,00%) e ovo de galinha (-3,98%), enquanto produtos como batata-inglesa (10,34%) e cebola (10,28%) registraram aumentos significativos.
Esses dados indicam uma desaceleração na pressão inflacionária no Brasil, embora a taxa anual ainda esteja acima da meta estabelecida pelo Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nos dias 17 e 18 de junho para avaliar a situação econômica e definir as próximas ações em relação à taxa básica de juros, a Selic.