Uma nova suspeita de gripe aviária em uma granja comercial está sendo investigada em Teutônia, no interior do Rio Grande do Sul. A cidade fica a cerca de 50 km de Montenegro, onde foi registrado o primeiro foco da doença em frangos destinados à comercialização no Brasil.
A confirmação veio nesta quarta-feira (4) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que demonstrou otimismo quanto ao resultado. Segundo ele, o número reduzido de aves com sintomas e a ausência de mortes em massa são fatores que indicam baixa probabilidade de infecção.
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“Não há uma morte generalizada, por isso nos dá uma tranquilidade de que será negativo” , afirmou Fávaro.
Investigação em andamento
A suspeita em Teutônia deve ser adicionada ao painel oficial do Ministério da Agricultura ainda nesta quarta. Até o final da manhã, o país registrava oito investigações ativas, todas relacionadas a aves silvestres ou de subsistência. Caso o novo foco se confirme, será o segundo em ambiente comercial desde o início dos registros.
Desde 2022, o Brasil já realizou mais de 4 mil investigações sobre a gripe aviária. Foram 171 casos confirmados, a maioria entre aves silvestres. Na última semana, o ministério descartou duas suspeitas, no Tocantins e em Santa Catarina, após testes darem negativo.
Exportações em alerta
A repercussão internacional da doença preocupa o setor de exportação de carnes. Países como União Europeia e China impuseram restrições ao frango brasileiro após o foco em Montenegro. Segundo Fávaro, no entanto, o ciclo de 28 dias sem novos casos pode levar à retomada das exportações.
“Isso atesta a qualidade do sistema sanitário brasileiro e ficamos na expectativa muito em breve, no final dos 28 dias, reduzirmos as restrições comerciais”, disse o ministro.
Apesar da vigilância constante, a expectativa do governo é que o Brasil continue livre de surtos em larga escala, especialmente em granjas comerciais, o que seria crucial para preservar sua reputação como um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo.