Brasil gera 257 mil empregos com carteira assinada em abril e bate recorde histórico

Emprego é a palavra mais falada ente os brasileiros, e o mercado de trabalho brasileiro teve um abril para guardar nos arquivos. Foram criadas 257,5 mil vagas com carteira assinada, o melhor resultado da série histórica iniciada em 2020, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Em números absolutos, o mês registrou 2,282 milhões de contratações contra 2,024 milhões de demissões, resultando em um saldo positivo de empregos formais. Em comparação com abril do ano passado, que teve 239,9 mil novas vagas, houve uma alta de 7,3%.

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Desde 2020, quando a metodologia de coleta dos dados foi atualizada, abril de 2025 se destaca como o melhor desempenho. Para efeito de comparação:

  • 2020: fechamento de 981,4 mil vagas (pico da pandemia)
  • 2021: +90,2 mil
  • 2022: +205,5 mil
  • 2023: +181,9 mil
  • 2024: +239,9 mil
  • 2025: +257,5 mil

Setor de serviços segue puxando a fila

Todos os cinco grandes setores da economia brasileira registraram saldo positivo em abril. O setor de serviços, tradicionalmente o maior empregador do país, liderou com 136.109 novos postos de trabalho.

Veja o desempenho por setor:

  • Serviços: +136.109
  • Comércio: +48.040
  • Indústria: +35.068
  • Construção: +34.295
  • Agropecuária: +4.025

A leitura é clara: a dinâmica da recuperação do emprego formal continua ancorada no setor terciário, que responde diretamente ao aumento da demanda por consumo e serviços urbanos.

Acumulado do ano desacelera

No acumulado de janeiro a abril de 2025, o saldo de vagas com carteira assinada é de 922,3 mil empregos uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando o país havia criado 965,8 mil vagas.

Apesar do recorde em abril, o governo não acredita que o ritmo se mantenha até dezembro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que 2025 deve fechar com saldo menor do que o registrado no ano anterior, quando 1,7 milhão de empregos formais foram criados.

Nem tudo que reluz é carteira assinada

É importante destacar que os dados do Caged se referem exclusivamente aos trabalhadores formais ou seja, com carteira assinada. Eles não incluem trabalhadores informais, autônomos ou por conta própria.

Já os dados do desemprego divulgados pelo IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), oferecem um retrato mais amplo do mercado de trabalho, mas com metodologias diferentes o que impede comparações diretas entre os dois levantamentos.

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