O Ministério dos Transportes anunciou a criação de um programa que concede até 50% de desconto no pedágio para caminhões que trocarem o diesel pelo gás em suas frotas. A medida, publicada no portal oficial do Ministério, tem o objetivo de estimular o uso de combustíveis mais limpos e baratear o custo do frete.
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Para ter direito ao benefício, os veículos deverão trafegar por trechos de rodovias federais selecionadas, onde a comprovação do uso de gás natural ou biometano será feita eletronicamente, sem burocracia. Essa sinalização clara ajuda as transportadoras a planejar a conversão de suas frotas, sabendo exatamente onde e como obter o desconto.
“O governo quer incentivar não apenas a troca de combustível, mas também a redução de emissões em nosso transporte rodoviário”, afirmou Renan Filho, ministro dos Transportes, durante seminário sobre mobilidade de baixo carbono.
“Agora estamos constituindo no Ministério dos Transportes os corredores azuis, que vão garantir gás natural e liquefeito para abastecer caminhões que transportam as cargas brasileiras. Um caminhão a gás natural liquefeito, comparativamente a um que usa óleo diesel, emite 30% menos carbono, o que é muito importante para reduzir as emissões” Agência Gov.
Além do desconto no pedágio, o BNDES oferecerá linhas de crédito Finem para apoiar a conversão de motores e a compra de equipamentos necessários à adoção do gás, conforme detalhado em seu site oficial. Essas facilidades financeiras visam diminuir o investimento inicial e acelerar a modernização das frotas.
Para garantir o abastecimento ao longo das principais rotas, o programa prevê investimentos em pontos de parada e descanso, equipados com postos de gás natural e biometano, cobrindo até 5.000 km de rodovias em três anos. A execução será revista a cada seis meses com relatórios que medirão a economia de combustível e a queda de emissões, permitindo ajustes no programa conforme a demanda.
Com duração inicial de dois anos, o projeto busca não só baratear o transporte de cargas, mas também reforçar o compromisso do país com a sustentabilidade e a competitividade do setor logístico. À medida que mais transportadoras aderirem, a expectativa é de criar um efeito multiplicador que fortaleça a rede de abastecimento e promova a transição energética no Brasil.