Diante de um prejuízo acumulado de R$ 2,6 bilhões, os Correios anunciaram, nesta terça-feira (13), um novo plano estratégico para reverter a crise financeira. A empresa pretende reduzir em 12% os custos operacionais ainda este ano, com foco em enxugamento de despesas, modernização da estrutura e busca por novas fontes de receita.
Entre as principais medidas adotadas estão o compartilhamento de unidades operacionais, venda de imóveis ociosos, corte de gastos com manutenção, reestruturação da rede de atendimento, otimização da malha logística e revisão de contratos nas superintendências estaduais de maior porte.
Leia também: Haddad anuncia checagem no INSS após fraudes em descontos
Além de reduzir despesas, o plano também busca aumentar o lucro operacional em até R$ 3,1 bilhões. Uma das metas é economizar R$ 1,5 bilhão em 2025 com a adoção das medidas propostas.
Na segunda-feira (12), um primeiro ofício interno já havia sido divulgado, com pedidos diretos aos funcionários para contribuir com a redução de custos. O documento também sugeriu medidas como a diminuição da jornada de trabalho, o que pode implicar em cortes proporcionais de salários.
No pacote de modernizações, os Correios planejam ampliar a automação de processos logísticos e investir em ferramentas de inteligência para a gestão de transporte e distribuição.
Mas a empresa não quer depender apenas do corte de gastos. Para fortalecer a receita, aposta na diversificação dos serviços. Uma das grandes novidades é o lançamento do “Mais Correios”, uma plataforma de marketplace que entra no ar no próximo dia 19. Inicialmente exclusiva para funcionários, a ferramenta será aberta ao público em geral em seguida e permitirá a compra de produtos com entrega feita pelos próprios Correios.
Outras frentes de expansão incluem:
- Segmento internacional e encomendas: com novos modelos operacionais e políticas de preços personalizadas;
- Setor público: oferecendo soluções logísticas e de comunicação para órgãos das áreas de educação, saúde e gestão;
- Clientes de pequeno e médio porte: com incentivo à adesão de vendedores do e-commerce;
- Varejo físico: com a ampliação de produtos e serviços de parceiros nos canais presenciais da estatal.
A expectativa é que esse conjunto de ações ajude a reverter o cenário atual e reposicione os Correios como uma empresa mais eficiente, moderna e competitiva no setor de logística e distribuição no país.