O Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou um aumento de 0,5 ponto em setembro, alcançando 89,9 pontos. Esse resultado marca uma reversão na sequência de quedas observadas nos três meses anteriores. A alta, embora modesta, reflete um alívio nas expectativas dos empresários, após um período de incertezas econômicas causadas pela volatilidade no cenário internacional e pela política fiscal interna.
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O aumento no ICE foi impulsionado pela melhora na percepção sobre a situação atual dos negócios, que subiu 1,1 ponto, alcançando 93,8 pontos. Isso demonstra que, ao menos no curto prazo, os empresários estão mais confiantes em relação ao desempenho de suas empresas e ao mercado em geral. A melhora na situação atual está associada a uma recuperação gradual da atividade econômica e ao fortalecimento da consumo interno, particularmente em setores como varejo e indústria de transformação.
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Contudo, o índice de expectativas para os próximos meses ainda segue em trajetória declinante, sugerindo que a confiança dos empresários quanto ao futuro da economia permanece cautelosa. O setor empresarial parece não acreditar que os problemas fiscais internos, como a alta carga tributária e a falta de investimentos em infraestrutura, sejam resolvidos rapidamente. Além disso, incertezas internacionais, especialmente com a guerra na Europa e as políticas comerciais de grandes economias, continuam a pesar sobre as expectativas.
Em resumo, o aumento no ICE de setembro sinaliza uma percepção otimista sobre o curto prazo, mas o pessimismo quanto ao futuro imediato ainda é evidente. A confiança empresarial continuará sendo um indicador-chave da recuperação econômica do Brasil, e os próximos meses devem ser monitorados de perto, especialmente para entender como as reformas fiscais e a evolução do cenário global influenciam essa confiança.
