Órfão de pais aos três anos, nunca teve filhos. Quando criança, organizou um concurso de punhetas, e em outra ocasião, com os colegas, derramou azul de metileno roubado da farmácia do tio no reservatório de água da cidade. No curso de medicina, pensou seriamente em se suicidar. Abandonou a medicina e decidiu seguir para a área de Ciências Sociais.
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Conviveu com grades intelectuais de sua época, como Mario de Andrade, Gilberto Freyre, Levi-Strauss, João Goulart, Oscar Niemeyer, Glauber Rocha, Brizola, dentre outros tantos.
Escritor, historiador, sociólogo, antropólogo, professor, polemista, senador, vice-governador do Rio de Janeiro, Ministro da Educação, Ministro Chefe da Casa Civil, imortal da Academia Brasileira de Letras, exilado no Uruguai durante a ditadura e um dos fundadores da Universidade de Brasília, foi um grande defensor dos indígenas, da educação e dos países latino-americanos.

O Povo Brasileiro é um livro da visão épica e otimista de Darcy Ribeiro sobre a civilização brasileira.
” Nos temos uma das elites mais opulentas, antissociais e conservadoras do mundo”


Entre 1946-56 Darcy Ribeiro trabalhou com diversas comunidades indígenas no Pantanal, Centro-Oeste e Amazônia. Foto: Acervo Fundar
Em 1995, Darcy Ribeiro, considerado terminal e internado no hospital por causa de uma pneumonia, com um só pulmão devido um câncer, fugiu do hospital para terminar de escrever sua última obra, intitulada “O Povo Brasileiro”. Disse ao médico que iria em sua casa buscar as anotações do livro, e não mais retornou. Faleceu dois anos depois, em 1997, aos setenta e quatro anos de idade.