Nesta terça-feira (13), durante a 78ª edição do Festival de Cannes, o renomado ator Robert De Niro, aos 81 anos, foi homenageado com a Palma de Ouro honorária, entregue por Leonardo DiCaprio.
“Mas de vez enquanto, até o mais reservado dos gigantes merece o seu momento, um momento para ser reconhecido. Não apenas pelo seu trabalho, mas pela influência silenciosa e duradoura que tiveram em tantas vidas, na minha vida”.
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Os atores atuaram juntos pela primeira vez em 1993, onde Di Caprio estrelou “Despertar de um homem“, baseando-se nas memórias do escritor Tobias Wolff, mais recentemente, dividiram a tela em Assassinos da Lua das Flores (2023), filme aclamado pela crítica.
Além de sua contribuição artística, De Niro também teve papel fundamental na revitalização cultural de Nova York, ao fundar o Festival de Tribeca em 2002. No início de 2024, recebeu uma indicação ao Oscar por sua interpretação de William Hale, um chefão do crime no meio-oeste dos Estados Unidos.
Durante seu discurso, De Niro aproveitou a ocasião para criticar decisões políticas que, segundo ele, impactam a arte e a cultura. Sem citar diretamente nomes, o ator mencionou cortes de financiamento e restrições à distribuição internacional de filmes.
“O presidente filisteu dos EUA nomeou-se diretor de uma das principais instituições culturais do país. Cortou o apoio e o financiamento às artes, às humanidades e à educação. Aplicando agora uma tarifa de 100% para filmes produzidos fora dos EUA. Claro que isto é inaceitável, todos estes ataques são inaceitáveis”, disse durante um trecho.
A declaração gerou repercussão no meio cinematográfico e nas redes sociais, abrindo espaço para debates sobre a preservação do setor cultural em meio a política.